Christian Fittipaldi

Piloto
por Marcos Júnior Micheletti 
 
O paulistano Christian Fittipaldi, que nasceu em 18 de janeiro de 1971, atualmente está aposentado como piloto, mas ainda ligado ao automobilismo. A última categoria pela qual competiu profisisonalmente foi o IMSA nos Estados Unidos, pela qual conquistou os títulos em 2014 e 2015.
 
Em 4 de agosto de 2018 anunciou que deixaria de competir profissionalmente após as 24 Horas de Daytona de 2019, prova que ele venceu em três oportunidades. A partir de então passou a ocupar o cargo de diretor esportivo da Action Express Racing.
 
Em 27 de janeiro de 2019, em sua despedida das pistas, nas 24 Horas de Daytona, terminou em nono lugar na classificação geral e em sétimo em sua categoria, a DPI, após enfrentar problemas mecânicos em seu Cadillac de numeral 5 da equipe Action Express Racing.
 
“Tudo na vida tem um começo, um meio e um fim. E eu ainda estou no começo deste estágio final da minha carreira e competindo neste nível”, declarou Fittipaldi. “Tudo o que posso dizer é que tem sido uma jornada maravilhosa. Obrigado mãe (Susy) e pai (Wilsinho Fittipaldi) e toda a minha família. Sem eles, eu não teria as oportunidades que consegui em toda a minha carreira. Minha esposa e minha filha que sempre me deram muita motivação, especialmente nos últimos estágios da minha carreira”, comentou Christian sobre sua aposentadoria no automobilismo.
 
Em 17 de fevereiro de 2022 foi anunciado como comentarista da IndyCar, nas transmissões brasileiras da ESPN e também na plataforma de streaming Star+.
 
CARREIRA

Com passagens pela Fórmula 1, Indy, NASCAR, 24 Horas de Le Mans e Stock Car, entre outras, disputou duas etapas da Fórmula Truck em 2012, substituindo Geraldo Piquet (suspenso pela CBA), no Velopark (RS) e Jacarepaguá (RJ).

Christian voltou a morar no Brasil em 2010, após residir por vários anos em Miami. Casado com Cristiane Kapaz, o casal tem uma filha, Manuela, nascida em 15 de setembro de 2010.

A ligação de Christian Fittipaldi com o automobilismo vem desde muito pequeno, em razão das raízes familiares tão grandes com o mundo da velocidade, começando por seu avô Wilson Fittipaldi, o "Barão", seu pai Wilson Fittipaldi Júnior e o tio Emerson Fittipaldi.

Seu nome foi uma homenagem que seu pai Wilsinho fez a um amigo, piloto, Christian Heins, falecido em um acidente no dia 16 de junho de 1963, durante a edição das 24 Horas de Le Mans, com um Alpine.

Christian Fittipaldi começou no kart aos oito anos, conquistando dois campeonatos paulistas e totalizando 29 vitórias em 51 provas disputadas.

Em 1988 foi vice-campeão da Fórmula Ford. No ano seguinte sagrou-se campeão da Fórmula 3 Brasileira e em 1990 conquistou o campeonato Sul-Americano da Fórmula 3.
Continuou sua escalada vitoriosa até conquistar o importante título da Fórmula 3000 Internacional em 1991 aos 20 anos de idade.

Correndo pela equipe Pacific (que chegou a montar um time na Fórmula 1 alguns anos depois), venceu duas provas: Vallelunga, na Itália e Nogaro, na França, levantando o campeonato com 47 pontos.

A performance impecável de Christian despertou o interesse da Fórmula 1, e ele assinou contrato com a equipe italiana Minardi para a temporada de 1992, que na época era impuslionada pelos motores Lamborghini de 12 cilindros.

Apesar das limitações da equipe de Faenza, Christian conseguiu pontuar na penúltima prova do ano, chegando na sexta posição no Grande Prêmio do Japão, disputado no Autódromo de Suzuka, terminando a temporada na 17º posição com um ponto.

Em 1993, ainda na Minardi, agora com motores Ford V-8, Christian começou a temporada de maneira animadora, graças ao belo quarto lugar obtido no Grande Prêmio da África do Sul, no circuito de Kyalami, e voltou a fazer uma brilhante prova no meio da temporada, terminando o Grande Prêmio de Mônaco na quinta colocação, uma de suas pistas prediletas. Totalizou cinco pontos e fechou o ano em 13º lugar.

Neste ano, Christian sofreu um acidente impressionante na reta de chegada do Grande Premio da Itália, em Monza, quando preparava-se para ultrapassar seu companheiro de equipe Pierluigi Martini.

O brasileiro contornou a curva Parabólica, uma das mais rápidas e desafiadoras da Fórmula 1 no vácuo do italiano, mas subitamente Martini tirou o pé do acelerador (posteriormente confirmado pela telemetria). A roda dianteira esquerda do carro de Christian tocou na traseira direita do carro de seu companheiro de equipe e sua Minardi deu um giro completo no ar, voltando a posição normal e cruzando a linha de chegada danificada.
O último ano de Christian na Fórmula 1 foi em 1994, temporada de triste memória para o automobilismo pela morte do tricampeão Ayrton Senna no Grande Prêmio de San Marino, em 1º de maio.

Christian, na ocasião, defendeu a inglesa Fotwork com motores Ford V-8 e foi justamente o ano em que conseguiu marcar mais pontos, seis no total, graças aos dois quartos lugares (em Aida, no Japão e em Hockenheim, na Alemanha). Terminou a temporada em 15º lugar.

Recebeu um convite para ser piloto de testes da McLaren para 1995, mas optou por assinar contrato com a antiga Cart nos Estados Unidos pela equipe Walker e começou o ano muito bem, estreando na categoria norte-americana com o quinto lugar no Grande Prêmio de Miami.

Mas o grande momento de Christian em seu ano de estreia sem dúvida foi o segundo lugar nas 500 Milhas de Indianápolis, após ter largado em 27º. A vitória foi do canadense Jacques Villeneuve e Bobby Rahal completou o pódio, em terceiro. Christian terminou a temporada em 15º lugar, com 54 pontos.

O bom ano de estreia chamou a atenção de uma das principais equipes da categoria na época, a Newmann/Hass, para onde se transferiu em 1996 e permaneceu até 2002.

Terminou a temporada de 1996 na quinta posição do campeonato com 110 pontos e sua melhor classificação foi o segundo lugar no Grande Prêmio de Detroit.

Em 1997 Christian sofreu um grave acidente no Grande Prêmio de Surfer´s Paradise, quando chocou-se de frente ao muro da pista australiana e fraturou as duas pernas, deixando-o de fora de seis etapas do campeonato. Mesmo assim, terminou em 15º com 42 pontos.

Teve um ano com muitas problemas mecânicos em 1998, o que lhe rendeu o 14º lugar com 56 pontos, mas subiu ao pódio em duas oportunidades: em Elkhart Lake e em Surfer´s Paradise.

A primeira vitória de Christian na Indy aconteceu em 1999 no Grande Prêmio de Elkhart Lake. No total, subiu ao pódio em cinco provas (Motegi, no Japão, Jacarepaguá, no Brasil, Elkhart Lake, nos Estados Unidos, Toronto, no Canadá e Fontana, nos Estados Unidos). Também foi o pole-position da etapa brasileira, fechando o ano na sétima posição, com 121 pontos.

Voltou a vencer em 2000, na última etapa do ano, em Fontana , e também subiu ao pódio em Mid-Ohio, com o terceiro lugar. No total do ano somou 96 pontos e terminou em 12º lugar.

Em 2001, com muitos problemas mecânicos, subiu uma única vez ao pódio, em Portland, terminando em terceiro lugar. Foi o 15º classificado da temporada com 70 pontos.

Em 2002 fez sua última temporada na Indy, por sinal uma das melhores, com cinco pódios (Monterrey, Laguna Seca, Toronto, Mid-Ohio e Miami), o que lhe rendeu o quinto lugar entre os pilotos, com 122 pontos.

Em 2004 venceu as 24 horas de Daytona guiando um Pontiac, tendo como companheiros de equipe os norte-americanos Forest Barber ,Terry Borcheller e Andy Pilgrim.

Entre 2005 e 2006 competiu pela equipe brasileira da A1 GP e terminou em sexto lugar, com 71 pontos.

Em 2008 participou da Le Mans Series pela equipe Andretti Green com um Accura V-8. Ele terminou a temporada na 24ª posição com 42 pontos.

Em 05 de janeiro de 2011 foi anunciado como um dos pilotos da equipe Action Express Racing para disputar as 24 horas de Daytona nos Estados Unidos, nos dias 29 e 30 de janeiro, ocasião em que subiu ao pódio com o terceiro lugar, após ter largado em 12º.

Em 15 de fevereiro de 2012 confirmou sua participação nas duas primeiras etapas da Fórmula Truck, em substituição a Geraldo Piquet, suspenso pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), nos dias 4 de março e 1º de abril, no Velopark (RS) e Jacarepaguá (RJ), respectivamente.

Em 1º de outubro de 2012 foi anunciado como piloto da equipe norte-americana Action Express para disputar toda a temporada (12 etapas) da Grand-Am, categoria de tursimo nos Estados Unidos.

Em 15 de junho de 2013 venceu sua primeira prova na Grand-Am, na etapa de Mid-Ohio, Estados Unidos. Christian competiu em dupla com o português João Barbosa, a bordo do Corvette DP #5 da equie Action Express.

Em 26 de janeiro de 2014, após largar na quarta colocação, venceu as 24 Horas de Daytona, ao lado do francês Sébastien Bourdais, do norte-americano Burt Frisselle e do português João Barbosa, a bordo do Corvette DP #5 da equipe Action Express.
 
Em 5 de outubro de 2014, ao lado de João Barbosa e Sébastien Bourdais, conquistou o título do primeiro campeonato da USC, certame que fundiu as categorias ALMS e Grand-Am.
 
Em 22 de março de 2015 Christian Fittipaldi tornou-se o primeiro brasileiro a vencer as 12 Horas de Seabring pela categoria principal (Protótipos), em parceria com o português João Barbosa e o francês Sebastien Bourdais. Eles se revezaram na condução de um Chevrolet Corvette da equipe Action Express.
 
Em 3 de outubro de 2015 foi bicampeão da Tudor United SportsCar, ao lado do português João Barbosa e do francês Sébastien Bourdais, na condução de um protótipo Corvette DP.
 
Formando o trio do Cadillac #5 da equipe Action Express com os portugueses Felipe Albuquerque e João Barbosa, terminou em segundo lugar as 24 Horas de Daytona, na Flórida, competição encerrada em 29 de janeiro de 2017.
 
ABAIXO, PARTICIPAÇÃO DE CHRISTIAN FITTIPALDI NO BELLA MACCHINA, CANAL DE AUTOMOBILISMO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO. ELE FOI ENTREVISTADO POR MARCOS JÚNIOR MICHELETTI E CLAUDIO CARSUGHI EM 20 DE DEZEMBRO DE 2016. EDIÇÃO DE LUCAS MICHELETTI

ABAIXO, DOIS VÍDEOS EM QUE CHRISTIAN FITTIPALDI E O PAI WILSINHO FITTIPALDI COM SUAS PARTICIPAÇÕES EM COMERCIAL DA PHILIPS, PARA O PARBEADOR PHILISHAVE

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