César Pappiani

Ex-meia do Juventus e Atlético-MG
César, bom meia paulista do Juventus nos anos 80, mora em Blumenau-SC. Em 2016, seguia no comando técnico do Metropolitano.
 
Ele, que não se desligou da bola após pendurar as chuteiras, adora encontrar ex-companheiros e relembrar histórias de seus tempos de jogador profissional.

Veja o e-mail enviado no dia 10 de setembro de 2011, por Pedro Luiz Pappiani, primo de César.
"Uma história conhecida: a pessoa sai de suas origens, a fim de apenas conhecer novos lugares. Acaba gostando e faz da nova terra, o seu lar e também de sua família. Essa seria apenas mais uma, se não tivesse acontecido com César Pappiani, ou apenas César Paulista. Uma pessoa que adotou Blumenau como sua casa, construiu sua família e agora trabalha em prol do esporte.
 
Nascido em 04 de setembro de 1959, no bairro Perus (São Paulo), César iniciou sua carreira muito cedo, em 1976, no Juventus (SP). Depois de sua passagem pelo "Moleque Travesso", o meia ingressou no profissional dois anos depois. Sua trajetória de sucesso começou no Atlético Mineiro. "Nessa época, fui convocado para a Seleção Brasileira Júnior (atual sub 20), para a disputa do Campeonato Sul-Americano, em Montevidéu. Lá, atuei contra jogadores de nível, como Romerito, Rubén Páz e Maradona", diz.

Quando se transferiu para o futebol paulista, também fez parte da Seleção daquele Estado, no ano de 1980. "Tínhamos um timaço: Valdir Perez, Getúlio, Oscar, Dario Pereira, Wladimir, Biro-Biro, Sócrates, Renato, eu, Careca e Zé Sérgio. Com este time, fizemos um amistoso contra a Seleção da União Soviética, no Morumbi. O jogo terminou 2 a 2. Eu fiz um gol e fui escolhido como jogador destaque. Momentos como esse são inesquecíveis", relata, emocionado.

Depois de passagens por Juventus, Atlético Mineiro, Noroeste, Rio Branco, Taubaté, Maringá e Mogi Mirim, César Paulista se transferiu para o Blumenau Esporte Clube, em janeiro de 1988. "Foi muito engraçado. Vim apenas para passar férias, e eles acabaram comprando o meu passe. No começo, claro, fiquei receoso. Mas depois, vi o quanto Blumenau leva o esporte a sério. Acabei tomando gosto por tudo isso, e hoje estou aqui". César relata as duas maiores emoções que viveu, em cinco anos de BEC. "Primeiro, o vice-campeonato estadual em 1988. Foi uma época de afirmação do futebol blumenauense. E, um ano depois, os dois jogos contra o Flamengo, de Zico e Cia., pela Copa do Brasil."

O encerramento da carreira do jogador se deu em 1992, aos 33 anos. "Talvez tenha sido cedo para eu parar, mas eu sabia que o meu dever estava cumprido. A gente fica triste, claro, mas a vida é assim. Costumo dizer que o atleta morre duas vezes: quando para e quando morre de fato. Tenho orgulho de andar pela rua, ainda hoje, e ser reconhecido pelo o que eu fiz no futebol. É muito gratificante."

Atualmente, César Paulista usa a experiência adquirida no futebol dentro da Fundação Municipal de Desportos, atuando como Diretor de Alto Rendimento. "Estamos fazendo um trabalho de base, na busca de talentos dentro do esporte, visando diversas competições mas, principalmente, os JASC", comenta. Este trabalho é realizado dentro de 42 modalidades, envolvendo cerca de 2700 crianças. Como vive dentro do esporte há muito tempo, César sabe onde e como trabalhar, buscando sempre o melhor, tanto para treinadores, dirigentes e atletas. "Nosso objetivo é fazer com que todos se sintam bem, dentro do esporte. Assim como o futebol me deu muitas alegrias, também quero o melhor para os meus comandados".

Além desse fantástico trabalho, César Paulista ainda está muito envolvido com o futebol, principalmente o amador. Fora o trabalho de treinador, o jogador atuou ainda por equipes pomerodenses, entre elas, Floresta, Água Verde e Botafogo. "Com certeza, sou um ídolo graças ao BEC, mas a equipe que eu mais joguei em Santa Catarina foi o Floresta, por 11 anos. Tenho grandes amigos em Pomerode, que tem o melhor campeonato amador de Santa Catarina. É um prazer muito grande poder atuar, ainda hoje, em um competição como essa". César se refere ao cargo de treinador, que atualmente ocupa, para a disputa do Campeonato Regional 2010, pelo próprio Floresta.
Mas, mesmo acumulando diversas funções, o jogador não deixa de bater sua bolinha. "Gosto de participar de brincadeiras com amigos. De vez em quando, até arrisco um futevôlei", diz, aos risos. Esta alegria de viver é uma marca registrada de César Paulista, cuja dedicação e trabalho dentro do esporte como um todo, fez dele um ídolo por onde passou. "Só tenho a agradecer a esta cidade maravilhosa que me acolheu e a todos aqueles que sempre torceram por mim e me apoiaram. O futebol só me trouxe alegrias, que procuro compartilhar com todos que estão à minha volta. É a minha forma de dizer: muito obrigado, Blumenau!"
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