Carminha Mascarenhas

Saudosa cantora da era de ouro do rádio
por Túlio Nassif
Estava escrito que Cármina Allegretti seria uma cantora de sucesso. Nasceu no dia 14 de abril de 1930, em Muzambinho-MG. Descendente de italianos mudou-se com a família para São Paulo, ainda muito pequena e, mais tarde, foi morar em Poços de Caldas-MG. Lá, começou a cantar no coral da Igreja Matriz e com seu pai, tio e um violão, descobriu gosto pela música popular. Mesmo apaixonada pela música, formou-se como professora primária. A cantora estava morando há um ano e oito meses no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro e foi internada no hospital Cardoso Fontes, onde acabou falecendo, no dia 16 de janeiro de 2012. 
Iniciou sua carreira artística como crooner (um cantor de baladas populares) do conjunto de José Maria, ao lado do pianista Raul Mascarenhas ? com quem veio a casar-se em 1952 e teve um filho ? o saxofonista Raul Mascarenhas Júnior.
A partir daí, ficou conhecida Carminha Mascarenhas.
Fez sucesso na era de ouro do rádio brasileiro. Carminha era mãe de Raul Mascarenhas e avó de Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães, que morreu atropelado no Rio em 2010. Foi também sogra de Fafá de Belém e avó de Marina ? filha da cantora com o músico.
Carreira
Seu primeiro disco foi lançado em 1953, e dois anos depois, Carminha foi contratada pela Rádio Nacional.
A sua trajetória traz parcerias com grandes nomes da música brasileira. Em 1959, Carminha gravou seu primeiro LP solo que continha a faixa Eu Não Existo Sem Você, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
Foi convidada para participar do show Ary Barroso, em 1960, ao lado do compositor e do conjunto musiacal Os Cariocas (formado por Castrinho, Terezinha Elisa e Joãozinho da Goméia). Ainda no mesmo ano, participou com o mesmo elenco de artistas, do show "Os quindins de Yá Yá".
Fez parceria com a catora Dora Lopes; participou, com Marisa Gata Mansa e Hernany Filho, do LP "Em cada estrela uma canção", em homenagem à obra de Newton Mendonça; viajou diversas vezes para o exterior e participou de discos de vários intérpretes.
Nos anos 80, apresentou-se no Sambão e Sinhá, casa noturna de Ivon Curi, com o espetáculo Carnavalesque, que ela própria escreveu.
Mudou-se para Teresópolis, em 1986, apresentando-se ocasionalmente em shows.
Em 1999, comemorou 50 anos de carreira em espetáculo realizado na ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
Em 2001, depois de retirada em sua casa de Teresópolis por vários anos, atuou ao lado de Ellen de Lima, Carmélia Alves e Violeta Cavalcanti no espetáculo "As Cantoras do Rádio: Estão voltando as flores?, show que revivia a época de ouro de cantoras que marcaram a história do rádio no Brasil.
Seu último trabalho foi nos anos de 2003 e 2004, quando atuou nos shows "Ninguém me ama?, "Canto para Nora Ney? e "Tra-lá-lá Lamartine é 100?, ambos escritos, dirigidos e apresentados por Ricardo Cravo Albin.
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