Carlos Bianchi

Ex-treinador do Vélez e do Boca Juniors
por Diogo Miloni

Um dos poucos personagens do futebol que consegue ser ídolo de duas torcidas rivais. Como jogador, foi artilheiro histórico do Vélez Sarsfield. Como treinador, comandou o Boca Juniors no tricampeonato da Copa Libertadores.

Em 17 de dezembro de 2012, deixou a aposentadoria de seis anos e assinou contrato com o Boca Juniors até 2015. Contudo, no dia 29 de agosto de 2014, após uma sequência de maus resultados, acabou sendo demitido do clube.

Cidadão ilustre de Buenos Aires, capital argentina, Bianchi nasceu no dia 26 de abril de 1949 e aos 18 anos começou sua carreira no futebol. Foram duas grandes passagens pelo Vélez: a primeira, entre 1967 e 1973, lhe rendeu a incrível marca de 121 gols em 165 jogos; a segunda, após sete anos no futebol francês, foi entre 1980 e 1984, quando fez mais 159 partidas e deixou sua marca por 85 vezes. Totalizando o histórico número de 206 tentos marcados com a camisa azul e branca da equipe argentina.

Em 1985, de volta à França, o sul-americano debutou como treinador no Remis, time modesto no âmbito nacional. Em seis temporadas no Velho Continente, Carlos Bianchi ainda treinou o Nice e o Paris Saint-Germain. Em 1993, retornou ao seu país para realizar um antigo sonho: dirigir o Vélez, seu primeiro clube como jogador.

No ano seguinte conseguiu levar a equipe à decisão da Libertadores, diante do São Paulo de Telê Santana. Na partida decisiva, dentro do Morumbi, o goleiro paraguaio Chilavert foi fundamental para a conquista inédita dos argentinos.

Apesar de já ser ídolo da torcida do Vélez, o treinador aceitou o desafio de comandar o rival Boca Juniors e não fez feio. Contando com jogadores talentosos, como Carlos Tevez, Palermo, Riquelme e Palacio, Bianchi levou o clube xeneíze três vezes para o topo da América (2000, 2001 e 2003), conquistando o título informal de "Senhor Libertadores".

Ainda com a equipe do Boca faturou quatro campeonatos argentinos (1998, 1999 (apertura e clausura) e 2000) e dois mundiais interclubes (2000 e 2003).

Em 1996 teve uma péssima experiência no futebol italiano, comandado a AS Roma.

Trabalhou como técnico no Atlético de Madrid, entre 2005 e 2006, e sempre que se especulava a contratação de um treinador argentino no futebol brasileiro, o nome de Carlos Bianchi volta à tona.
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Jogador
Vélez Sarsfield
Campeonato Argentino: 1968

Como treinador
Vélez Sarsfield
Mundial Interclubes: 1994
Copa Libertadores: 1994
Copa Interamericana: 1996
Campeonato Argentino: 1993 (Clasura), 1995 (Apertura) e 1996 (Clasura)
Boca Juniors
Mundial Interclubes: 2000 e 2003
Copa Libertadores: 2000, 2001 e 2003
Campeonato Argentino: 1998 (Apertura), 1999 (Clasura), 1999 (Apertura) e 2000 (Apertura)

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