Bianchini

Ex-atacante do Bangu, Vasco e Botafogo
Adhemar Bianchini de Carvalho, o grande atacante Bianchini, do Bangu, Botafogo, Vasco, Flamengo e Seleção Brasileira, nascido no dia 28 de setembro de 1940, morreu no dia 27 de outubro de 2005, em Friburgo-RJ, aos 65 anos, não resistindo a uma operação de coração, no hospital de Friburgo.

Bianchini, que em 1971 teve curta passagem pelo São José (foram apenas seis jogos), da linda São José dos Campos-SP, morava na cidade de Cordeiro (RJ), região serrana do Rio, a três horas de carro da cidade maravilhosa.

Ele era casado com Dona Fernanda e deixou duas filhas (Fabíola e Verônica) e dois lindos netos (Samyr e Alice, ambos filhos de Fabíola e de Samyr Dabul Stork, fanático flamenguista).

O perigosíssimo matador Bianchini, que esteve nas cogitações do Santos por insistentes pedidos de Pelé, defendeu, entre 58 e 73, as seguintes equipes, como profissional: Bangu Atlético Clube, Botafogo, Vasco, Flamengo (jogou apenas 16 partidas - cinco vitórias, cinco empates e seis derrotas - e marcou cinco gols, segundo números do "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins), Sport do Recife, Atlético Mineiro, Red Star (Paris/França) e Puebla (México), onde encerrou sua brilhante carreira.

Também teve passagem pela Seleção Brasileira, já que entre 64 e 67 era um dos grandes artilheiros do Brasil ao lado de Flávio, Silva, Toninho Guerreiro, Aírton Beleza (já falecido, assim como Toninho Guerreiro), César Maluco, Fio Maravilha, Artime e etc...

Bianchini, que foi dono de padaria em Cordeiro (RJ), revelava jogadores, e trabalhava como técnico profissional. Ele até pretendia assumir um time no Oriente Médio, especialmente no Catar, um país que adoraria ter conhecido.

O ex-craque, logo que chegou em Cordeiro, onde já residia parte de sua família, se engajou na política local. Exerceu o cargo de vereador por dois mandatos seguidos e ao morrer, ocupava a presidência do Diretório Municipal do PFL.

Seguinte e-mail:

"Caro Milton Neves,

Escrevo direto da redação do Jornal Tribuna da Serra, da cidade de Cordeiro, interior fluminense, com a incumbência nada agradável de confirmar o falecimento, nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, no Hospital São Lucas, na cidade de Nova Friburgo, de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro: Adhemar "Bianchini" de Carvalho.
Em virtude de problemas cardíacos, o ex-centroavante de Vasco, Botafogo, Atlético Mineiro, e Seleção Brasileira, entre outros clubes do Brasil e do exterior, foi internado recentemente no mencionado nosocômio, onde se submeteu a exames e, posteriormente a uma cirurgia cardíaca.

Depois do agravamento de seu caso, em decorrência de outros problemas, entre os quais uma diabetes, o ex-craque não resistiu e veio a falecer na tarde dessa quinta-feira. Bianchini deixa esposa, duas filhas, um neto irmãos, sobrinhos e outros parentes. Trata-se, realmente, de uma grande perda para o esporte brasileiro.
Atenciosamente, Ricardo Vieira Redação do Tribuna da Serra.

Nota da redação: Quando da morte de Bianchini, homenageado por Milton Neves no Terceiro Tempo da Rede Record de Televisão no dia 30 de outubro de 2005, o site Terceiro Tempo recebeu estas mensagens da família do ex-jogador:

"Prezado Milton,
em meu nome e de minhas filhas, genro e netos, com o coração amargurado pela perda, agradeço pela amizade que dedicou ao meu marido; pelas palavras carinhosas e sobretudo por fazer com que fosse lembrado. Digo-lhe que, com certeza, vc foi quem lhe proporcionou algumas das suas últimas alegrias. Em outra oportunidade, com mais calma e, se é que isso vai ser possível, com mais serenidade,voltarei a falar-lhe e agradecer melhor pela amizade que a ele você dedicou. Hoje a dor é muito grande: foi um pai e marido exemplar e por isso mesmo muito amado. Daí a nossa dificuldade em aceitar a perda.
Um grande abraço e que Deus o proteja.
Fernanda A. Mélo de Carvalho - (fernandabianchinicarvalho@hotmail.com)"
"Prezado Milton Neves,
em meu nome e de minha família, bem como de todos aqueles que amam o Bianchini, quero agradecer-lhe pela belíssima homenagem prestada em seu último programa (ontem). Você fez o desabafo que gostaríamos de ter feito e, o que é melhor, da maneira como ele próprio faria. Naquele momento, certamente, ele riu de onde está. Naquele momento, confesso que o vi em suas palavras. Em breve, mandarei para você, como lembrança, uma cópia do curta metragem "MEMÓRIAS DE UM GUERRILHEIRO", produzido por Felipe Nepomuceno sobre ele. Receba o nosso mais profundo carinho e respeito. Não lhe agradeço, pois o que vc fez foi tanto para nós, que qualquer palavra soaria vã e pequena demais para exprimir o que sentimos. Só Deus poderá fazer por vc o que gostaríamos, amigo (se é vc me permite chamá-lo assim).
Saiba que ele era pura emoção. Não era apegado às coisas materiais, mas aos sentimentos. Daí, ter sido tão amado. Somos muito orgulhosos por tudo que ele foi e fez. E o amor por ele é tanto, que sua ausência está sendo insuportável.
Obrigada mais uma vez.
Fernanda A. Mélo de Carvalho"

Estou encaminhando em anexo, uma carta escrita por uma amiga - ELIANA SCHUELLER - que define bem o amor que ele desfrutava dos amigos.
Nosso amigo, Adhemar.
Creio que haja momentos indescritíveis, inexplicáveis, que explodem rasgando a vida de forma tão intensa, que não poderiam mesmo durar mais que uma pequena fração de segundos. Tempo curto, porém suficiente para que a memória trace outros tempos. "Parece que foi ontem!? "Parece que faz apenas um dia, uma hora atrás!? É a sensação. O tempo do encontro, o tempo da companhia, o tempo do sonho... Todos dançam naquela ínfima fração de segundos. Mas, quando a explosão cessa e se começa a traçar os passos, um a um... Então, percebemos que tudo muda. Tecer a teia da amizade no dia-a-dia, consome tempo. Urdir o bordado de uma trajetória, ponto a ponto, leva tempo. Costurar, passo a passo, cada desejo que nasce no dia que amanhece, leva tempo. Mas, esse tempo de construção não se consegue medir. Nem sequer nos damos conta de quanto o tempo é, de verdade, curto.
Quanto tempo faz? Parece que foi ontem, estava lá o Bianchini: Flamengo, Vasco, Bangu, Seleção brasileira, México, Paris... Parece que foi ontem! O homem da chuteira e do sapato branco trançou as pernas para cá, para lá, deixando rastros, marcando o verde dos gramados e as tramas das redes adversárias. Um ponto e meio para você, meu amigo!
Depois? Parece que foi ontem! Outras marcas mais profundas e mais calcadas, outros entre laços, outros dribles: a volta ao lar, mulher, filhos... Outros amores, com mais estrelas e mais cores na camisa. Um time com absoluta titularidade. Mais um tento para você meu amigo!
E depois? Depois, foram os sonhos que não tiveram fim. Os ideais, a conquista arrastada, suada, partida dura, mas vencida, chute a chute... Mas isso, isso não parece ter sido ontem. Não foi ontem. Ainda era e ainda é, e será, porque os sonhos não têm corpos. Os sonhos, meu amigo, são feitos de alma, nascidos da alma e na alma se fincam como cicatrizes profundas que Deus só permite àqueles que buscam, caem e levantam, matam no peito, chutam sem medo de rede e não temem a marcação adversária. Por mais isso, mais um milhão de pontos pra você.
É! Creio, que além de momentos inexplicáveis e indescritíveis, também haja pessoas, que de forma tão intensa vivem e sonham, que não poderiam mesmo durar mais do que uma fração de segundos. Com orgulho, nosso aplauso para você!
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Pela Seleção Brasileira:

Atuou em três jogos, sendo duas vitórias e um empate.
Fonte: "Seleção Brasileira - 90 Anos - 1914 - 2004"
Autores: Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

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