por Tufano Silva
Uma das figuras mais influentes do Brasil entre os anos 40 e 60, o escritor, jornalista, advogado, político, professor, mecenas e empresário Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo morreu no dia 4 de abril de 1968, em São Paulo. Seu falecimento ocorreu em função de graves seqüelas de uma trombose sofrida em 1960.
Assis Chateaubriand nasceu em Umbuzeiro-PB, em 4 de outubro de 1892, e sua estreia no jornalismo aconteceu na Gazeta do Norte, quando, aos 15 anos de idade, passou a escrever alguns textos para o Jornal Pequeno e para o tradicional Diário de Pernambuco.
Estudou no Ginásio Pernambucano e se formou na Faculdade de Direito de Pernambuco, onde se tornou mais tarde professor de filosofia do direito. Assis assumiu a direção do "O Jornal", que pertencia ao grupo "Diários Associados", em 1924. Mais tarde, com a ajuda financeira de "barões do café", conseguiu comprar o veículo.
A sensibilidade de Chatô para matérias mais interessantes para o público fez com que "O Jornal" aumentasse seus exemplares vendidos, conseguindo então dinheiro para comprar os jornais mais populares das principais capitais do país.
Assim, Assis Chateaubriand começou a construir seu grande império jornalístico. Império que obteve franca ascensão graças ao apoio do empresário ao movimento revolucionário de 1930, que ajudou a eleger o presidente Getúlio Vargas.
Reza a lenda que Chatô costumava intimidar as empresas que não anunciavam em seus veículos, publicava poesias de seus maiores anunciantes e manipulava informações para atacar seus inimigos. Em função disso, certa vez, Francisco Matarazzo, um de seus desafetos, ameaçou o empresário: "vou resolver a questão à moda napolitana: pé no peito e navalha na garganta". E Assis não deixou barato: "Responderei com métodos paraibanos, usando a peixeira para cortar mais embaixo".
Com o decorrer do tempo, começou a dar menos importância aos jornais e passou a apostar em novas tecnologias em seu grupo. Assim, em 18 de setembro de 1950 inaugurou a TV Tupi, que reinou absoluta no Brasil até o ano seguinte, quando o grupo "Diários Associados" lançou a TV Tupi Rio.
No comando do grupo "Diários Associados", Assis Chateaubriand cuidava de 34 jornais, 36 emissoras de rádio e 18 canais de televisão. Dentre os veículos mais famosos do grupo, estavam a TV e Rádio Tupi, o Diário de Pernambuco, o Jornal do Comércio, o Diário da Noite, além das revistas O Cruzeiro e A Cigarra.
Grande amante da arte, Chatô foi também muito engajado em projetos culturais do país. Foi ele quem fundou o Museu de Arte de São Paulo, mais conhecido como MASP, com obras que havia comprado de países europeus que passavam por uma terrível crise financeira pós-Segunda Guerra Mundial.
Em 1960, sofreu uma trombose que deixou parte de seu corpo paralisado. Chateaubriand morreu em 1968, e em seu velório, pediu que levassem um cardeal de Velázquez e um nu de Renoir. O empresário queria que ficassem simbolizadas em sua última homenagem as coisas que ele mais prezou durante sua vida: o poder, a arte e a mulher pelada.
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