Arizinho

Ex-ponta do Santos e do Paraná
por Rogério Micheletti

Arizinho, ex-ponta-esquerda do Santos e do Paraná Clube, hoje mora em Torres (RS), onde é corretor de imóveis. Lá, também cuidou de uma escolinha de futebol, enquanto seus dois filhos participavam das categorias de base. Deixou a escolinha quando seu filho Bruno, começou a jogar no time principal do Figueirense, em meados do ano 2010. "Gosto da cidade. Minha família se adaptou muito bem em Torres", diz Arizinho, que nasceu no dia 18 de setembro de 1964, em Campo Grande (MS).

Ele começou a carreira de jogador no início dos anos 80 na equipe do Comercial (MS). Em 87, ele foi emprestado ao Santos. "Comecei muito bem no Santos. Chegaram a me comparar com o João Paulo, o Papinha da Vila", lembra orgulhoso o ex-ponta.
No ano seguinte, Arizinho foi jogar no Santo André e ficou marcado no time do ABC Paulista por causa de um carro que ganhou na promoção da Rede Bandeirantes de TV. Na época, a emissora sorteava um número a cada partida. O número sorteado em um Santo André e Santos foi o 11, mesmo da camisa de Arizinho. Para o ponta ganhar um carro ele teria de marcar pelo menos um gol. E foi o que aconteceu.

"Os gândulas me avisaram no intervalo que o meu número havia sido sorteado pela Bandeirantes. Caso marcasse um gol, levaria o prêmio. Aí, pintou um pênalti para o Santo André. Convenci o Gaúcho (centroavante que atuou no Palmeiras e no Flamengo), que era o cobrador oficial, a me deixar bater. Eu bati e fiz. O goleiro do Santos era o Rodolfo Rodriguez, que quase pegou", recorda o ponta, que gerou a ira dos companheiros por não vender o carro e dividir o valor do prêmio.

"Aconteceu apenas um mal-entendido. No começo do campeonato, a maioria dos jogadores votou que o prêmio ficasse com o jogador autor do gol. Ninguém tocou mais no assunto. Depois que marquei o gol e falei que o carro era meu, todo mundo ficou na bronca comigo", explica Arizinho. "Na ocasião, eu cheguei a dar metade do valor do carro para a diretoria do Santo André, que o repassaria como prêmio aos jogadores. Não sei se isto aconteceu", completa.

Apesar desse problema, o Santo André comprou o passe do ponta e logo em seguida o vendeu para o Goiás. "Disputei apenas o Brasileiro de 88 pelo Goiás e me transferi para o Colorado (PR). Saí do Colorado antes da fusão com o Pinheiros e depois fui contratado pelo Paraná, em 90, a pedido do técnico Rubens Minelli."

No Paraná Clube, Arizinho jogou três anos e ajudou a equipe a ser campeã paranaense de 1991. Em 93, ele se transferiu para o Caxias. Depois de jogar no futebol gaúcho, Arizinho ainda defendeu o Sergipe (SE), o Cascavel (PR) e o São José (RS). "No Sergipe eu joguei ao lado do Sandoval, meia que atuou no São Paulo, Guarani, Inter e Atlético Paranaense."
ver mais notícias

Selecione a letra para o filtro

ÚLTIMOS CRAQUES