Antonio Hernandes, o Tremedeira

Experiente jogador varzeano

Por Elaine Nicolai
Antonio Hernandes, cujo apelido era "Tremedeira", foi um experiente jogador de futebol de Várzea. Por 59 anos (1951-2010), atuou na equipe de futebol amador União dos Operários, em São Paulo.
Paulistano, nascido no último dia do ano de 1938 e em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral sofreu uma embolia pulmonar no segundo dia de 2012, deixando a esposa Zuleika Domingues Hernandes, dois filhos (Dorian Hernandes e Luciano Domingues Hernandes), e três netos (Victor Vaz de Lima Hernandes, Guilherme Hernandes, Eric Vaz de Lima).
O ex-lateral-direito era tio de Paulo Borba, cinegrafista da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), que é casado com a gerente de marketing da Agência Terceiro Tempo, Elaine Nicolai.
Além dos "Operários", Antonio também jogou pelos times varzeanos: Pampla Júnior, Estrela do Norte, Vasco da Gama da Mooca, Bandeirantes e Ponte Preta.
Ainda sobre Antonio Hernandes, o portal Simm publicou:

"No começo, não existiam campeonatos de futebol varzeano, eram só torneios e festivais, que duravam um único dia e no final saía um campeão", relembrava Tremedeira.
Em 1953, quando ele fazia parte da equipe, o União dos Operários foi o vencedor do Campeonato Amador de Futebol, derrotando o S.C.Silva Teles, por 2x1.
Em 1964, por causa de uma briga entre dirigentes, jogadores e alguns membros da diretoria se afastaram do União e fundaram um outro clube, o Grêmio União dos Operários.
Tremedeira estava no novo time. Ele contava que a separação, que durou dois anos, deixou o Grêmio em vantagem, pois todo o time abandonou o União.
Nessa época, o Grêmio, que não tinha campo, jogava torneios, participava de festivais, eram tão bons que enfrentavam grandes times. Chegaram até a fazer a preliminar de Corinthians e Portuguesa, em pleno Parque São Jorge, derrotando os aspirantes do Corinthians, por 3x2.
O Grêmio, no entanto, foi se desmantelando. Seus jogadores passaram a ser cobiçados por outras equipes, tiveram seus passes comprados. Os que restaram acabaram voltando para o União.
O União dos Operários, depois da separação e volta, só veio disputar copas novamente, anos mais tarde. Entrou no Desafio ao Galo, nos anos 80, competição promovida pela Rede Record.
O Desafio ao Galo foi realizado durante cinco anos no campo do União. No entanto, eles participaram do desafio apenas uma vez, sem passar pela seletiva, já que não tinham um bom time.
Ficaram mais alguns anos sem disputar nada, apenas participando de amistosos. Quando, em 1996, jogaram a II Copa Kaiser de Futebol Amador e conquistaram o terceiro lugar ao derrotar o Botafogo, de Guaianazes.
O União dos Operários, atualmente está licenciado da Copa Kaiser e de outras disputas esportivas. "Não estamos preparados para disputar nada. Nosso time é de veteranos. Não temos verba para manter um time de garotos", explica Carlos Antônio Vinha, presidente do União.
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