por Túlio Nassif
Antonio Ezequiel Feliciano da Silva, ou apenas Antônio Feliciano, nasceu no dia 22 de abril de 1899, na cidade de Paraibuna, São Paulo. Faleceu no dia 1 de agosto de 1981, aos 82 anos, vítima de embolia pulmonar, em Santos.
Graduado em advocacia pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1919, iniciou sua carreira como doutor em Santos, cidade para qual mudara ainda jovem. Lá, se destacou como extraordinário orador no Tribunal de Júri.
Antônio Feliciano foi membro do Departamento Administrativo do Estado de São Paulo, cargo que exercia a função de coordenar todas as atividades dos prefeitos paulistas, até mesmo indicar às suas nomeações pelo governador do Estado, durante a vigência da Constituição Federal de 1937, no regime do Estado Novo.
Destacou-se como deputado estadual e posteriormente deputado federal.
Com o título de "santista honorário?, fez jus a nomenclatura, já que sempre defendia os interesses da cidade que tanto amava.
Era tão bem quisto como político, que resolveu se dedicar a outro tipo de política. Além de ser presidente do Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube, de 1942 a 1943, também o presidiu. Esteve à frente da equipe alvinegra entre os anos de 1944 a 1945.
No Peixe não fez feio! Foi o principal organizador da campanha "10.000 sócios? do clube.
Uma curiosidade durante a gestão de Antônio Feliciano, foi a presença do ex-político e Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Ulysses Silveira Guimarães.
Ulysses Guimarães se associou ao Santos no dia 10 de janeiro de 1941. Em 1942, foi nomeado diretor-presidente da subsede em São Paulo do clube, cargo que voltou a ocupar em 1945.
Em 1944, foi eleito um dos vice-presidentes do clube, que na época possui mais de um. Por anos defendeu os interesses do clube na Câmara dos Deputados e em Brasília ao lado de outros santistas ilustres como Mário Covas e Aloizio Mercadante.
A paixão pelo futebol não parou por aí. Após deixar a presidência do clube mais tradicional da cidade, rumou para a presidência da FPF (Federação Paulista de Futebol), função que exerceu de 1945 a 1947.
Na cidade praiana, construiu toda sua carreira política. Foi vereador na década de 30, ocupou a presidência da Câmara e depois de vencer as eleições, tomou posse como prefeito de Santos, no dia 14 de abril de 1953. Após exatos quatro anos, Antônio Feliciano deixou a prefeitura, no dia 14 de abril de 1957.
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, ocupando a cadeira 68, cujo patrono é Antonio Carlos de Andrada e Silva.