Almir

Ex-atacante de Palmeiras e América-MG

Almir Vieira Sá, o Almir, nasceu em 12 de abril de 1959. É o caçula entre 11 irmãos que cresceram em Areado, no sul de Minas Gerais e que, assim como Bil e Cholinha, viu na bola a chance de deixar para trás a vida pacata da cidade pequena para buscar o reconhecimento das grandes torcidas. Se os outros dois irmãos não atingiram o estrelato, o atacante Almir chegou a defender o palmeiras no início da década de 80. Atualmente, além de ser proprietário do supermercado Campos Sá, em Contagem-MG, cria gado nelore na fazenda que adquiriu em Esmeraldas, também em Minas Gerais. É casado com dona Rosângela Campos e pai de Artur e Guilherme.

A carreira, iniciada no União Atlética Areadense em 1979, começou a decolar quando Geraldo Pacheco, que era vice-presidente do Independente de Limeira mas residia em Areado, o levou para fazer teste no clube do interior paulista. O ex-jogador do Palmeiras Servílio era o treinador e pediu para Almir disputar amistosos contra Catanduvense, Fernandópolis e Votuporanguense para medir o potencial do candidato a titular. Cinco gols depois, acertou seu primeiro contrato profissional com o Independente.



Em 1980, foi para a Internacional de Limeira. O time, que contava com Elói, Beto Lima e Camargo e era dirigido por Sérgio Clerice, chegou à semifinal do segundo turno do Paulistão, mas foi derrotado pelo São Paulo. Almir brilhou em uma vitória por 3 a 1 sobre o Corinthians no Pacaembu, em que marcou dois gols. No final do campeonato, foi emprestado pela Inter ao Palmeiras para a disputa da Taça de Prata de 1982. Foram cinco jogos no verdão, com uma vitória, três empates e uma derrota, e nenhum gol marcado (Dados do Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti). "Aquele time era bom, tinha Jorginho, Vítor Hugo e Jorginho, mas não conseguiu andar?.
Um pontapé na região escrotal tirou Almir dos gramados por vários meses. Foi devolvido pelo Palmeiras à Inter de Limeira ainda em 82, e no ano seguinte defendeu o Comercial de Ribeirão Preto.

Com o aval de Jair Bala, desembarcou no América Mineiro ainda em 1983, e após ser vice-artilheiro do estadual, atrás apenas de Reinaldo, do Atlético-MG, provocou um comentário do contista, romancista e cronista Roberto Drummond, já falecido, clamando pela sua convocação para a Seleção Brasileira.

O atacante permaneceu no América em 84, mas em uma partida contra o Atlético pelo Campeonato Mineiro sofreu uma grave contusão nos ligamentos do joelho em uma disputa de bola com Nelinho. Só voltou a jogar em 1986 no Uberlândia.

"Naquele tempo a medicina não era tão avançada e fiquei mais de um ano parado. Retornei em clube menor e comprovei o quanto é difícil sair dos grandes centros. Cheguei a esperar 90 dias para receber o salário do mês. Por isso, em 1989, decidi abandonar o futebol. Até hoje meu passe está preso ao Uberlândia?.

Um dos fatos que mais incomoda Almir atualmente é a forma como os jogadores são tratados. "É muita mordomia e pouca bola. Por isso, nem partidas de Copa do Mundo eu assisto mais".

Por Marcelo Rozenberg

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Foram cinco jogos no verdão, com uma vitória, três empates e uma derrota, e nenhum gol marcado (Dados do Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).

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