Candidato à presidência da Fifa, o ex-jogador Zico não é muito a favor da burocracia necessária para concorrer ao cargo

Candidato à presidência da Fifa, o ex-jogador Zico não é muito a favor da burocracia necessária para concorrer ao cargo

Leandro Carneiro e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

Candidato à presidência da Fifa, o ex-jogador Zico não é muito a favor da burocracia necessária para concorrer ao cargo na principal entidade do futebol mundial. Em entrevista ao UOL Esporte, o flamenguista comentou o fato de ter de pedir apoio da CBF para participar do pleito.

"Eu acho que não (escândalos não podem atrapalhar), o que eu não sou favorável sempre disse isso é a forma de você ser o candidato. Eu acho que você tem de apresentar a sua história, olha ela está aqui, a minha história no futebol é esta, então eu posso ser candidato por isso, não ser indicado por A ou B, por federação. Eu não sou favorável a isso, quem vai votar lá não é porque quem está me dando apoio é a CBF e Índia. O cara que vai lá querer o meu apoio quer saber quem eu sou, da minha história, do meu histórico, eu vou por isso. A gente tem de apenas cumprir o regulamento da Fifa, então tem que fazer isso", disse.

"Eu particularmente não sou favorável a isso, eu acho que entrando na FIFA era uma das mudanças que eu gostaria de fazer, porque deste jeito, começa cortar pessoas que tem capacidade pra estar num cargo como este entendeu", completou.

Zico também comentou sobre a disputar com Michel Platini e disse que o francês é favorito a vencer a votação.

"Quem está numa presidência da UEFA, uma Conmebol, digamos quem está comandando de um continente, e se candidata, a possibilidade é muito maior. Eu seria a zebra porque eu sou o único que não tem nada, que não tem ligação nenhuma com nada, eu não participei de comitê da Fifa, não sou presidente de Conmebol, Concacaf, de UEFA e todos estes que se apresentaram tem algo. Então, eu largo dos boxes, agora a gente envia as cartas e vamos ver o que acontece", afirmou.

O ex-jogador tem até o dia 26 de outubro para oficializar a candidatura para eleição que acontecerá em fevereiro de 2016. Com o apoio da CBF, ele precisará de mais quatro entidades ao seu lado para ter liberação para concorrer ao cargo e ele já sabe onde procurar ajuda.

"Eu envio as cartas para todas as federações, lógico que a principal é Japão, eu tenho estado no Japão e apoiei o Japão neste tempo todo que ele está aí candidato numa série de coisas. Então, eu espero que eu possa ter uma palavra positiva deles e que eles possam me ajudar. Além do Brasil, eu não tenho nenhuma dessas, mas acredito na Índia, Japão e Turquia. A Itália já foi no Platini, tem o Uzbequistão, tem que ver aqui também na América do Sul, América Central, o grande problema nestas situações é que existe aqueles famosos votos em bloco. Digamos que a Conmebol, pelo o que o Del Nero falou o Brasil saiu do bloco, o Platini é muito ligado ao presidente da Conmebol e o presidente da Conmebol pode chegar e falar todo mundo está com o Platini, pronto acabou. Aí vem o outro lado da Ásia, e o coreano chega a Ásia está toda comigo por exemplo, então pronto, acabou. Os caras não vão direcionado cada um com o seu pensamento é o bloco que pode decidir, é o costume de hoje", finalizou.

Foto: UOL

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