Apresentado no Flamengo em janeiro de 2013, o Wallace era apenas mais um reforço da lista de novos jogadores do clube na temporada e carregava toda a desconfiança de um jogador rejeitado em seu ex-time, o Corinthians

Apresentado no Flamengo em janeiro de 2013, o Wallace era apenas mais um reforço da lista de novos jogadores do clube na temporada e carregava toda a desconfiança de um jogador rejeitado em seu ex-time, o Corinthians

Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
Apresentado no Flamengo em janeiro de 2013, o Wallace era apenas mais um reforço da lista de novos jogadores do clube na temporada e carregava toda a desconfiança de um jogador rejeitado em seu ex-time, o Corinthians. Nos primeiros meses na Gávea, a rejeição continuou, com muitas pessoas questionando a real necessidade de sua contratação.
Passados quase dez meses, o zagueiro, enfim, conseguiu mostrar porque tinha sido umas das "principais apostas", segundo o diretor executivo de futebol do clube, Paulo Pelaipe. "Podem anotar: é dos melhores defensores que temos por aí no futebol brasileiro", disse o cartola na época da chegada de Wallace.
E se antes o jogador só contava com a simpatia de alguns dirigentes, a admiração se estendeu por todos no Rubro-negro, passando por comissão técnica, companheiros e até torcida. Antes vaiado, Wallace tem sido um dos atletas mais aplaudidos pelas arquibancadas antes do jogos.
Tanta moral dentro e fora de campo fez até mesmo o jogador ostentar em seu braço a faixa de capitão no clássico do último fim de semana, contra o Fluminense, no Maracanã.
"Estamos muito felizes com o Wallace e todos conseguem perceber isso. É um jogador que nos ajuda demais dentro do campo e também no vestiário. Aos poucos, se posicionando de maneira sempre correta e ajudando os companheiros, se tornou um líder. Aquela faixa no braço não foi por acaso", comentou o técnico Jayme de Almeida.
"É um jogador que chegou aqui e vinha de um período sem jogar, o que gerou alguma desconfiança para as outras pessoas. Mas não para nós da comissão. Sempre acreditamos. E ele passou por um período difícil, de muitas trocas no time. Isso é ruim para o jogador. Depois, quando ganhou uma sequência, mostrou seu potencial. Foi uma ascensão fantástica e uma grata surpresa, até como liderança. Ele melhorou a defesa e todo o grupo. Precisávamos de um jogador assim. O time inteiro cresceu com ele", ressaltou o comandante rubro-negro.
Com a moral elevada, Wallace se tornou até mesmo uma das vozes do grupo para reuniões junto à diretoria. Ao lado de Chicão, André Santos, Felipe e Elias, é dele a missão de negociar programações e prêmios e dinheiro por rendimento em competições.
Após períodos de altos e baixos, quando chegou a ficar fora até mesmo de relações, Wallace acumula uma sequência de 20 partidas seguidas como titular nos últimos jogos do Flamengo. E neste sábado, contra o Goiás pela 33a rodada do Campeonato Brasileiro, não será diferente. Apesar da decisão de utilizar um time misto, o técnico Jayme de Almeida escalará seu camisa 14 até para dar mais segurança a defensores reservas que devem estar em campo.
A opção do treinador do Flamengo reflete bem a mudança de status de Wallace. Antes apontado como um reserva rejeitado em seu antigo clube, agora virou referência no Rubro-negro.
Foto: UOL

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