Vágner Mancini não aceitou umas das perguntas da coletiva

Vágner Mancini não aceitou umas das perguntas da coletiva

Antes que me qualifiquem como corporativista, é bom lembrar que vivemos num país democrático, e como tal, podemos emitir qualquer opinião desde que haja respeito por parte do entrevistador.

Na coletiva concedida por Vágner Mancini, após a sua equipe ter derrubado o último invicto do Brasileiro, quebrando uma sequência de 34 jogos, ele rebateu pergunta feita por um colega de imprensa.

Felipe Garafa, da Rádio Bandeirantes, amparado por números contabilizados ao longo da partida, formulou a sua pergunta em cima desses dados, não sendo aceito por Mancini.

É bom deixar claro que não existe uma regra em relação ao que é perguntado, cabe sim ao entrevistado ter equilíbrio, educação e bom senso ao analisar o assunto.

Garafa falou da posse de bola maior do Corínthians, das chances criadas, e o fato de ter perdido para o time de Mancini. O treinador não gostou, criticou o profissional, e ainda questionou sua preferência clubistica, uma situação constrangedora e incabível.

Sei bem o que o colega Garafa passou, vivi algo semelhante quando fazendo um trabalho para a rádio Transamérica do Recife, na Vila Belmiro, perguntei ao então treinador do Sport, Eduardo Baptista, que arrancou empate diante Santos, se considerava o resultado como vitória, já que o Peixe, pelas chances criadas, poderia ter goleado.

Ele retrucou, pediu mais respeito da imprensa de São Paulo, como fez Mancini no jogo deste Sábado, e por conta própria encerrou a coletiva, mesmo diante da sua assessoria.
Esses fatos lamentáveis nos mostram que o futebol não precisa somente de uma reformulação no quesito arbitragem, mas na conduta dos profissionais que nele trabalham.

Tirando esse acontecimento extra-campo, não posso deixar de parabenizar o rubro-negro baiano pelo grande resultado, por sinal, o segundo consecutivo fora de casa, já que na semana passada tinha derrotado o Flamengo, no Rio.

É evidente que nas redes sociais a “zoação” segue a todo vapor, mas a diferença entre o líder Corínthians para os demais é tão grande, que seria preciso engatar pelo menos quatro derrotas consecutivas para voltarmos a ter atrativos na disputa.

Não bastasse isso, os concorrentes também estão desconectados, já que o foco não tem sido outro a não ser a disputa da Libertadores e Copa do Brasil.

E não podemos esquecer, o Corínthians tem uma partida a menos (joga na quarta em Chapecó), e poderá, se for o caso, implacar novamente a vantagem de 8 pontos sobre o Grêmio.

Foto: bahianoar.com

 

 

 

 

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