Verdão vence, santistas comemoram

Com um homem a mais, Palmeiras de Dudu perde pênalti e a chance de ampliar a vantagem e até matar o Paulistão: Santos entrará vivíssimo na Vila Belmiro

Até o próximo domingo... Alô, povão, agora é fé! Com um gol solitário de Leandro Pereira no primeiro tempo, Palmeiras fez 1 a 0 no Santos. Mas, com direito a vantagem numérica e pênalti marcado (e perdido por Dudu) logo no reinício do jogo, a sensação é a de que a festa alviverde poderia ter sido maior.

Vencer, óbvio ululante, sempre é bom, mas, pelas circunstâncias, ficou também muito bom para o Peixe, que entra vivíssimo na decisão da Vila. A cantoria da galera peixeira quando o péssimo e confuso Vinicius Furlan acabou o jogo mostra isso...

O Santos começou a perder já na escalação. Robinho fez muita falta. No Palmeiras, não dá para considerar Valdivia desfalque. Se o chileno é tão assíduo como o cometa Halley, o que não era esperado era a saída de Arouca ainda no primeiro tempo. Cleiton Xavier, que não iniciou por não ter gás para os 90 minutos, entrou com 17.

No fim, a lesão do volante serviu para Oswaldo colocar o Palmeiras mais à frente. E a ausência de Robinho serviu para Marcelo Fernandes ser mais defensivo, optando por Chiquinho, que vinha sendo lateral esquerdo, no meio. Pois daquele lado, que ontem ficou com o improvisado e destro Victor Ferraz, que o Verdão fez o gol. Após corta-luz de Robinho, impedido, o lateral Lucas cruzou na medida para Leandro explodir o Allianz Parque. Lance difícil? Fácil foi o claro pênalti sofrido _e ignorado_ por Rafael Marques no fim da etapa.

Os times voltaram para o segundo tempo sem os treinadores Marcelo Fernandes e Oswaldo de Oliveira, expulsos, em um excesso de autoridade, típica da patética arbitragem brasileira, de Vinicius Furlan. Que acertou no pênalti e em expulsar Paulo Ricardo: Dudu, cheio de estilo, correu como Evair, chutou como Dudu e perdeu a chance de matar o campeonato.

A reação alviverde e santista no apito final mostra isso. O Palmeiras poderia sair com uma mão na taça. E vai a Santos com uma vantagem muito pequena: 51% a 49%.

Parei de fumar, mas continuo intragável; parei de beber, mas continuo mamando. E da série "quem não chora não mama", alô, Katsia Zingarevich, Vitão aqui está aos prantos.

Destaques das finais dos estaduais: zebras em Minas, Paraná e Bahia!

O 0 a 0 no campo do Grêmio manteve a dupla Gre-Nal com possibilidades no Gaúcho, o Vasco tirou a vantagem do empate do Botafogo nos acréscimos, o Palmeiras teve uma vitória magra sobre o Santos... As surpresas ficaram para Minas e, principalmente, Paraná é Bahia: no Mineirão, a Caldense segurou o 0 a 0 com o Galo e terá a vantagem do empate na volta para ser campeão; no Paraná, o Operário fez 2 a 0 no Coxa e, na Bahia, o Vitória da Conquista botou uma mão e meio no título ao enfiar 3 a 0 no Tricolor de Aço.

Selelama: Jean (Bahia); Geromel (Grêmio), Thales (Bahia) e Paulo Ricardo (Santos); Tony (Bahia), Marcelo Mattos (Botafogo), Cáceres (Coritiba), Tiago Real (Bahia) e Carlinhos (Coritiba); Ricardo Oliveira (Santos) e Dudu (Palmeiras). Técnico: Marquinhos Santos (Coritiba).

Seleça: Marcelo Grohe (Grêmio); Lucas (Palmeiras), Douglas Mendes (Operário), Luan (Vasco) e Peixoto (Operário); Fausto (Vitória da Conquista), André Beleza (Vitória da Conquista), Cleiton Xavier (Palmeiras) e Bernardo (Vasco); Leandro Banana (Palmeiras) e Rafael Silva (Vasco). Técnico: Itamar Schülle (Operário).