Verdão e Tricolor são maiores do que o ódio recíproco!

Verdão e Tricolor são maiores do que o ódio recíproco!

Com a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre a Portuguesa, gols de Malcom, o Paulistão conheceu, matematicamente, mais dois classificados: o Timão se garantiu e, de quebra, garantiu o arqui-inimigo Verdão. Santos, que briga palmo a palmo com o Timão pela liderança geral (o alvinegro praiano está à frente pelo saldo de gols), já havia carimbado o passaporte na última rodada. Hoje, no Allianz, o São Paulo será o quarto classificado se vencer o Palmeiras. Caso tropece, o Tricolor também garantirá matematicamente presença nas quartas de final se o Red Bull conseguir a proeza de não vencer o Marília...

Timão B enfia o tamanco: o que fizeram com a Lusa?

Eu não te acompanho mais, para, deixa de bater, se não sabes onde vais, por que teimas em correr? Eu não te acompanho... Alô, povão, agora é fé! O Corinthians reserva (Felipe foi o único titular escalado) fez o que quis com a Portuguesa e, apoiado por 25.050 torcedores, meteu 2 a 0, placar que não ilustra o tamanho da diferença técnica e tática: foi um vareio de bola, com direito a duas bola na trave e 818 gols perdidos.

A verdade é que todos os 11 atletas escalados por Tite seriam titulares na Lusa. Se o Coringão tem elenco e uma formação reserva com padrão tático, a Lusa não tem titulares, não tem nada. É mais triste do que qualquer fado de Amália Rodrigues. E sem arte nem poesia!

A ruindade rubro-verde foi tão chocante, que o Timão B parecia o Benfica do Eusébio. Ficando apenas em jogadores que eu vi atuar (e sou do tempo em que confronto contra a Lusa merecia ser chamado de “clássico”), Walter, discreto, assistiu ao jogo como se fosse Dida; Edilson e Petros foram laterais à altura de Zé Maria e Zé Roberto, a dupla Felipe e Yago vendeu segurança como Emerson e César no auge; Cristian, Bruno Henrique e Danilo mesclaram marcação, armação e volúpia de um trio do naipe de Toninho, Dener e Edu Marangon; à frente, Malcom (autor dos dois gols), Love e Luciano lembraram Toquinho, Rodrigo Fabri e Esquerdinha. Que teta!

O Corinthians é forte, em Itaquera, Santos, São Paulo e Palmeiras também perderam... Mas nem o time titular _exceção feita ao Majestoso da Libertadores_, jogando contra times pequenos, dominaram um jogo com tanta facilidade! O que fizeram com o time dos meus saudosos vô Damião, vó Adélia, padrinho Zé Luis, primo Alexandre... Se estivessem vivos, morreriam de desgosto.

Verdão e Tricolor são maiores do que o ódio recíproco!

Não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido, transcorrendo, transformando tempo e espaço navegando todos os sentidos... Alô, povão, agora é fé! Palmeiras x São Paulo, clássico que já nasceu impregnado de ressentimento pela mudança obrigatória de nome do Palestra, se enfrentam pela primeira vez no novo Palestra Itália, o Allianz Parque, em jogo que gostaria que simbolizasse a arrancada heroica e histórica para um nome tempo, com a mesma rivalidade de sempre, mas sem o ódio que está no DNA do Choque-Rei desde a decisão do Campeonato Paulista-1942.
 
“Corinthians é adversário, São Paulo é inimigo”, imortalizou Oberdan Cattani, último goleiro do Palestra, o primeiro do Palmeiras, presente na decisão vencida pelo Verdão em 1942.
 
Não vivemos mais, felizmente, a 2ª Guerra Mundial. No entanto, Carlos Miguel Aidar, presidente são-paulino que, com todos os dentes na boca, faltou com respeito ao apequenar o Palmeiras quando tirou Alan Kardec (a transação é do negócio, as declarações, não) do rival, e Paulo Nobre, mandatário palmeirense que ficou possesso com o destempero verbal e institucional do “co-irmão”, gastou mais do que vale com Dudu para devolver o “chapéu”.
 
Hoje não sei se dará Parmera ou São Paulo, o meu palpite é de empate. Mas tenho certeza de que o Palmeiras é muito maior do que o Dudu assim como o São Paulo é muito maior do que o Alan Kardec. O mesmo raciocínio, ao quadrado, vale para Aidar e Nobre.
 
Que, dentro de campo, caminhemos de volta ao passado, tempo em que o ódio se restringia à esfera esportiva e às quatro linhas porque os atletas, como o palestrino Oberdan, eram torcedores uniformizados!
 
Forza, Palestra!
 
Vamos, São Paulo!
 
Choque-Rei  
 
Palmeiras e São Paulo, que apanharam do Corinthians como mandante, ainda não venceram um clássico no Paulista. Na Vila, o Tricolor empatou, e o Verdão foi derrotado pelo Santos. No primeiro Choque-Rei do Allianz Parque, pode dar Verdão, pode dar Tricolor, mas meu palpite é que ambos permanecerão sem vitória: 1 a 1. 
 
Que dureza!
 
Se o pega Palmeiras x São Paulo vale independentemente do certame, já que a rivalidade e a história do confronto têm vida própria, Marília x Red Bull não merece uma linha. Aliás, parabéns ao MAC: não é fácil ser o principal destaque negativo de um torneio tão ruim!

Nesta quarta, às 15 horas, o Juventus, líder, recebe o Francana, que segura a lanterna, em jogo em que o Moleque tem tudo para vencer bem e se aproximar da classificação matemática à próxima fase. O ex-corinthiano Gil é uma das novidades do técnico Rodrigo Santana, já que a dupla de ataque titular, Nathan e Abraão, não vai para o jogo. O Juventus formará com André Dias, Ferro, Léo, Victor Sallinas, Orinho; Fellipe Nunes, Derli, Daniel Costa, Adiel; Renato Sorriso e Gil. Mais do Moleque você acompanha no site oficial do clube, aqui, trabalho da jornalista Cristina Strutz e do repórter-fotográfico Ale Vianna

Por falar em Cristina Strutz, a juventina foi uma das homenageadas nesta terça, por indicação do Conselho da Mulher da Associação Comercial de São Paulo, em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Parabéns, "moleca travessa", grande mãe, filha, mulher e jornalista

Aproveitando quea Francana tem tudo pra ser uma teta, o chamado melzinho na chupeta, vocês viram o ensaio de Sheyla Mell? Veja ou reveja, aqui.

Acompanhe, diariamente, a coluna Caneladas do Vitão no jornal Agora São Paulo

 
 
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web! É nóis na banca! É nóis na facu (FAPSP)!

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