A primeira crise de 2015 no Grêmio demorou cinco jogos para começar. Até porque, foram três derrotas

A primeira crise de 2015 no Grêmio demorou cinco jogos para começar. Até porque, foram três derrotas

A primeira crise de 2015 no Grêmio demorou cinco jogos para começar. Até porque, foram três derrotas. Neste sábado (14), a última aconteceu. O Veranópolis deixou a lanterna do Gauchão ao superar o time de Porto Alegre na Arena por 1 a 0. Ao fim do primeiro tempo, vaias. Quando o jogo foi encerrado, o mesmo com som amplificado. E as contestações ditaram o clima tenso logo no princípio da temporada. 

David Dener foi o responsável pelo único gol do jogo, em contra-ataque, aos 20 do primeiro tempo. E o time de Luiz Felipe Scolari foi superado pela segunda vez seguida em casa. Na quarta-feira passada, o Brasil de Pelotas havia sido algoz. E não é apenas a falta de resultados que incomoda os aficionados. As repetidas vendas sem reposição de qualidade tornam a direção também alvo das críticas. 
 
São apenas seis pontos conquistados. A próxima rodada aponta duelo contra o Passo Fundo, na quarta-feira, em Caxias do Sul. Enquanto o VEC, que chegou a quatro e escapou da última posição do torneio, pega o São Paulo de Rio Grande na quarta-feira. 

Fases do jogo:

A principal reclamação de Luiz Felipe Scolari foi vista de novo no Grêmio. O time teve posse de bola, mas nenhuma penetração da fechada defesa do Veranópolis. Nos primeiros minutos de jogo, uma chance apenas, com Everton após receber cruzamento de Matías Rodríguez, aos 12. 
 
E em um contra-ataque, o que já não era bom, pois a atuação estava longe de tranquilizar os preocupados torcedores, tornou-se ainda pior. A bola defendida pelo goleiro Matheus foi reposta na esquerda de ataque dos visitantes com Luciano Amaral. Ele cruzou ainda fora da área. David Dener dominou, ajeitou e bateu, vencendo Marcelo Grohe e abrindo o marcador, aos 20 minutos. 
 
O quadro não mudou muito com o gol do Veranópolis. Fellipe Bastos, de falta, aos 31, obrigou o goleiro Matheus a uma difícil defesa. Mas a posse quase absoluta não simbolizou muitas oportunidades ao Grêmio. Tanto que ao fim do primeiro tempo, vaias foram ouvidas. 
 
Na saída para os vestiários, Douglas foi o mais perseguido. E rebateu. Fez, com as mãos, sinais para os torcedores ficarem quietos nas cadeiras da Arena. "Foi muito ruim", disse o atacante Everton. "Tem que mudar tudo", ampliou o atacante Luan. "Está muito feio, feio demais", acrescentou Fellipe Bastos. "Está difícil", desabafou Marcelo Grohe. 
 
O segundo tempo começou movimentado. Luan recebeu de Lucas Coelho e bateu, aos 8 minutos. O goleiro Matheus não pegaria, mas o zagueiro Marcel evitou o empate. A resposta, um minuto depois, quase ampliou para os visitantes. Rafael Mineiro driblou dois marcadores e bateu muito perto do gol defendido por Grohe. 
 
A partida ficou aberta. Grêmio e Veranópolis passaram a concluir repetidamente buscando o gol. Pedro Rocha, colocado por Felipão no intervalo, deu boa movimentação ao sistema ofensivo tricolor, que passou, finalmente a penetrar na área rival. A cada minuto que passava a pressão crescia. Uma série de escanteios no fim do jogo. Não o suficiente para evitar a fúria dos torcedores com nova derrota em casa. 
 
O melhor: Rafael Mineiro - O meia do Veranópolis criou muitos problemas pra zaga do Grêmio. Rápido e driblador foi arma sempre perigosa. 
 
O pior: Douglas - O meia errou muitos passes e foi perseguido com vaias da torcida. No intervalo, rebateu e mandou os aficionados ficarem quietos. 
 
Chave do jogo: Ele já sabia - O problema do Grêmio é conhecido. Felipão já sabia. Ele mesmo disse que o time tem a posse da bola mas não consegue criar oportunidades. Foi exatamente o que aconteceu e acabou derrotado pelo Veranópolis. 
 
Toque dos técnicos: 
Felipão mudou novamente o Grêmio e remontou a formação do ano passado. Com Lucas Celho como centroavante, Luan e Everton abertos pelos lados. Marcelo Oliveira foi colocado no meio-campo para dar mais segurança ao setor e Matías Rodríguez e Júnior, os laterais, tiveram total liberdade de avançar. O 4-3-3 teve momentos de alternância para 4-2-3-1.
 
Enquanto o Veranópolis postou-se em duas linhas de 4 com dois mais na frente quando estava sem a bola. Com ela, um dos laterais segurava na defesa, Felipe Guedes ocupava o espaço na direita e o esquema apresentava 3-5-2. Como é regra aos que visitam a dupla Gre-Nal, manteve-se na defensiva. 
 
Para lembrar: 
Fui do Grêmio por 33 dias. O técnico do Veranópolis, Julinho Camargo, foi técnico das categorias de base do Grêmio por muitos anos. E do principal por 33 dias. Em 2012, assumiu no lugar de Renato Gaúcho mas durou pouco e acabou demitido. 
 
Carnaval é adversário. Com muitas pessoas fora de Porto Alegre por conta do Carnaval, o público foi pequeno na partida das 17h. 
 
GRÊMIO 0 X 1 VERANÓPOLIS
 
Data: 14/02/2015 (sábado)
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Daniel Soder
Auxiliares: Julio Cesar dos Santos e Antônio Domingues Padilha
Renda: R$ 229. 869,00
Público: 9.021 presentes
Cartões amarelos:  Luciano Amaral (VER), Lê (VER), Glauber (VER), Marcel (VER); Marcelo Oliveira (GRE), Douglas (GRE), Matías Rodríguez (GRE)
Gols: David Dener, do Veranópolis, aos 20 minutos do primeiro tempo; 
 
GRÊMIO
Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Rhodolfo, Erazo e Júnior (Galhardo); Marcelo Oliveira, Fellipe Bastos e Douglas; Everton (Pedro Rocha), Luan e Lucas Coelho (Lincoln).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
 
VERANÓPOLIS
Matheus; Marcel, Léo Dagostini e Jadson;Felipe Guedes, Luciano Amaral (Claytinho), Glauber, Eduardinho e Rafael Mineiro; Lê (Iago) e David Dener (Túlio Renan). 
Técnico: Julinho Camargo.
 
Foto:UOL

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