Durante quase toda fase de preparação, estive junto com nossa seleção

Durante quase toda fase de preparação, estive junto com nossa seleção

A Seleção Brasileira Masculina de Basquete encerrou na última terça-feira (2), em Mogi das Cruzes, SP, sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. Foram seis jogos, seis vitórias, sendo duas vitórias para encher o torcedor de esperança que uma medalha está mais próxima que um distante quinto lugar obtido pela mesma geração em Londres, em 2012. O grupo está unido, bem preparado físico e tecnicamente, sem contar com a parte tática que é um diferencial nas mãos do hábil Professor Rubén Magnano, campeão olímpico com a Argentina em 2000.

Durante quase toda fase de preparação, estive junto com nossa seleção. Acompanhei de perto dia-a-dia nossos treinos. Vi de perto o desespero do ala-pivô Anderson Varejão em ter que desistir de uma Olimpíada em função de dores lombares. Um golpe para sua brilhante carreira e uma tristeza enorme para todo o grupo porque ele faz parte dessa geração que boa parte se despede da nossa seleção no Rio de Janeiro.

Casos de Alex Garcia, Nenê Hilário e Guilherme Giovannoni. Tenho minhas dúvidas quanto a Marcelinho Huertas. Acho que ele vai ainda até o Japão-2020. Com a saúde e com a categoria que tem, chegaria com certeza. Ele também pensa dessa forma, por isso não o incluo na lista dos que irão se despedir. Varejão e Splitter, também estarão torcendo para os que ficaram, mas quase impossível voltarem à uma seleção.

Sem contar com dois dos principais pivôs – Anderson e, bem antes, Tiago Splitter, depois de uma cirurgia, muita gente ficou pessimista. Eu não. Acho que a chegada do jovem pivô Cristiano Felício pode não dar o poder ofensivamente e Varejão, mas pode ajudar um pouco mais na parte defensiva e nos rebotes. Isso é inquestionável para quem entende um pouco só de basquete. Outro detalhe é que, ao contrário que “cornetas” publicaram, Felício sempre esteve na lista dos 24 jogadores pré-convocados por Magnano. Mentiroso foi o blogueiro que disse o contrário.

Outro detalhe importante é que foi vendido uma série de acusações contra a Comissão Técnica, sem ao menos perguntar aos jogadores. Faverani se contundiu nos treinamentos. Mentira, ele chegou contundido e sequer pegou em bola. Leandrinho, Nenê e Marcelinho sofreram com os testes e os treinos puxados. Mentira. Eles apenas eram poupados devido o desgaste do treino anterior, pelo desgaste também da temporada puxada da NBA. Dos 15 jogadores convocados e que iniciaram o treino, a fatalidade da lesão recaiu apenas a um só jogador: Anderson Varejão.

Parabéns toda comissão técnica, destacando todos. Não só Rubén Magnano, mais também os auxiliares José Neto, Gustavinho, Demétrius, os preparadores físicos Diego Jeleilate e Diego Falcão, os fisioterapeutas Daniel Kan e Adriano Tambosi,  a nossa psicóloga Samia Hallage e a Gislaine Luzia Bueno (nutriocionista).  Cada um teve um papel fundamental para que nossa seleção masculina chegasse ao ponto máximo. Agora, só falta subir à bola e gritar cesta do Brasil.

Os outros 12, colocando Felício no mesmo patamar, porque já estava treinando nos Estados Unidos, todos chegarão voando para a estreia desde domingo contra a Lituânia. Portanto, o péssimo jornalismo impera  porque pouco são aqueles que buscam a fonte verdadeira e usam o critério do agito para repercutir algo que não existe. Lamentavelmente. Estamos junto, Brasil. Gostaria também de destacar o papel importante dos três meninos convidados, casos de Wesley Sena (pivô do Bauru/Paschoalotto), Deryk Ramos (Brasília) e Pedrão (Paulistano). Não é fácil treinar, levar dura e saber que não vai jogar. Eles aguentaram firme, mas tenho certeza que saíram mais gratificados do que nunca pela experiência que tiveram. Outra participação brilhante foi o Clube A Hebraica que abriu suas portas para as duas primeiras semanas da preparação.

Adoro também o basquete feminino, mas não acompanhei os treinamentos como no masculino para dar uma opinião. Boa sorte, meninas.
 
DE BANDEJA

Depois de uma carreira brilhante no COC/Ribeirão e em Brasília, o experiente ala Arthur Belchior vai jogar no Vitória da Bahia. Arthur precisava de uma saída para dar uma levantada em sua memorável carreira. Foi campeão no COC e em Brasília. E, talvez por ser um  prata da casa, muitos anos no mesmo lugar, estava um pouco acomodado. Os ares baiano vai fazer bem ao “Cantango”.
 .--.-.-.-.-.-.-.--.
O pivô Augusto Lima, contratado no ano passado pelo Real Madrid, da Espanha, vai jogar nesta próxima temporada europeia no Salgiris Kaunas, da Lituânia. Ele é jogador do time madrilheno e vai apenas emprestado para ganhar mais condições de jogo, já que teria muito pouco espaço de jogo no poderoso time de Madrid. No entanto, mesmo emprestado, o sonho do garoto de Campo Grande-RJ não esquece do principal objetivo. “Meu sonho é jogar na NBA e vou perseguir isso”, confessa.
.-.-.-.--.--.-.-.-.
Mogi das Cruzes está de parabéns pela grande festa na fase final da preparação da Seleção Brasileira. Lotou todos os dias de jogos, incentivou a equipe e só não ganhou 100 por causa de alguns desavisados em vaiar o jovem Rafael Luz. Uma vaia de quem não entende que o querido Larry Taylor não foi cortado por Luz e sim por uma comissão técnica que entendeu ter feito a melhor escolha para nossa seleção no Rio. Mesmo assim, alguns torcedores vaiaram Luz, lamentavelmente. Larry, como grande companheiro que é também lamentou a atitude de sua própria torcida. Nilo Guimarães, secretário de esportes de Mogi  e toda sua equipe está de parabéns.
 
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Futebol e basquete não param, mesmo com às Olimpíadas começando a todo vapor. Neste sábado (6), por exemplo, pelo Campeonato Paulista, Pinheiros e Mogi/Helbor estarão jogando. E com TV (RedeTV), a partir das 14h30. O Campeonato Brasileiro de futebol também não para. Sei que neste domingo o Verdão pode voltar à liderança com um fácil jogo contra o Vitória da Bahia.  Até depois da vitória sobre a Lituânia, no domingo.
 
 

Você também vai gostar

Últimas do seu time