Se tudo que eu vivi eu também vivi por você, tudo que farei até reencontrar com você será do mesmo jeito.

Se tudo que eu vivi eu também vivi por você, tudo que farei até reencontrar com você será do mesmo jeito.

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Oi, Babbo.

São quase duas da manhã de quinta-feira. Mais ou menos neste mesmo horário, depois de uma partida da Copa Sul-Americana que eu comentei pela nossa Rádio Bandeirantes numa noite de quarta-feira madrugada de quinta, eu avisei ao mundo que você tinha ido para o céu. Em 2012.

Agora há pouco, um ano depois, em 2013, eu falei ao vivo no mesmo estúdio um texto pela morte de Nilton Santos, que você conheceu quando era repórter esportivo. Com quem você já deve estar proseando junto com o Armando Nogueira, Saldanha, Sandro, Maneco Muller e grande elenco.

Eu, na verdade, só iria escrever aqui para anunciar a missa de um ano. Vai ser nesta sexta, 29 de novembro, 11 horas, na Capela de São Pedro e São Paulo, no Morumbi. Onde seus netos meus filhos foram batizados. Onde há quase um ano rezamos no sétimo dia.

Eu só iria avisar a tanta gente que com tanto carinho lembra você. Gratidão que nos conforta. Respeito que nos faz confrontar a vida que ficou bastante vazia sem você.

Mas como você sempre acreditou em Deus e no Palmeiras, sabe que tudo volta. Estamos de pé e de primeira. Também estou renovado, remoçado e amado pela minha Silvana. Casamos em maio. Em Campos.

Foi lindo. O dia mais maravilhoso que vi por lá. Na sua casa. No nosso lar. Agora também da Mano, do Luigi e do Rick. Seus novos netinhos que amariam te conhecer. Embora, pelo que a gente conta, pelo que as pessoas falam, eles quase sabem tudo que o Luca e o Gabriel sabem de cor e de coração.

Os nossos meninos estão ótimos. Dois pequenos homens que sentem a sua falta. Mas que se orgulham do avô que têm. Do pai do pai deles que em 2012 ficou órfão de pai e de filhos.

Mas que ganhou um amor da vida que irradia. Da Sil que nos aconchega e aproxima. De você tão distante, e do meu irmão Gianfranco cada vez mais próximo.

Da família que perdeu o chão quando você foi aí pra cima. Mas que agora vai tocando a vida com a mesma alegria e vontade que você nos ensinou.

Dói, Babbo, você não estar mais ao alcance dos olhos.

Mas eu sei que o seu amor nos alcança ainda mais agora.

Você nos protege ainda mais. Você nos guia tanto mais. Você nos ilumina sempre.

Tantos como os Santos Djalma e Nilton se foram nestes últimos 365 dias. Tantos eternos foram ser ainda mais.

Como você.

Hoje é 28 de novembro. Véspera de um ano. Hoje eu sei olhar para cada dia do calendário e dizer que é um dia sem você.

Hoje eu posso dizer que sei como são todos os dias sem meu pai.

Hoje eu tenho certeza que nunca estive órfão.

Porque tenho uma mãe como a Nonna que não nos deixa esmorecer.

Porque tenho uma família linda que não me deixa entristecer.

Porque tenho amigos e colegas que me deixam erguido.

Porque eu agora sei o que já imaginava.

Existe vida após a morte.

Eu sinto você muito vivo, Babbo.

Se tudo que eu vivi eu também vivi por você, tudo que farei até reencontrar com você será do mesmo jeito.

Vivo. Feliz. Alegre. Confiante.

Joelmir.

Um ano de barulho em homenagem ao melhor pai que um jornalista pode ser. Ao melhor jornalista que um filho pode ter como pai.

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