A torcida tem quase oito mil fãs no Facebook

A torcida tem quase oito mil fãs no Facebook

A homofobia no futebol é muito forte, ainda mais se tratando de torcidas organizadas. Em Minas Gerais existe uma torcida Gay do Galo, que canta e sofre como qualquer outra.

Esta torcida do Atlético-MG defende os direitos da comunidade LGBT no futebol. Mas sofrem com medo da violência, os integrantes não aparecem declaradamente.

A Galo Queer tem quase oito mil fãs no Facebook. Pela internet mesmo, seus integrantes sofrem ameças de morte.

"Eles falavam. 'Se vocês aparecerem no campo, vocês vão morrer. Se forem ao estádio, serão espancados'. Muitos eram anônimos, mas muito eram membros da organizada. É uma situação muito complicada, todo mundo sente muito medo mesmo", conta um dos integrantes

"Recebemos ameaças sérias. Se alguém ficar sabendo pode querer ir e fazer alguma coisa com a gente. Por isso não levamos bandeiras, adesivos nem nada", conta Nathalia Duarte, uma das fundadoras da torcida.

"É como se o futebol fosse uma esfera à parte da sociedade. As coisas que as pessoas condenam normalmente não podem ser condenadas no estádio. As leis não se aplicam", conta Nathalia.

"Fazemos uma grande movimentação virtual justamente por não poder ir ao estádio, queremos um dia ir para o estádio. Estamos preparando o terreno para que um dia isso seja possível. Não vai ser tão em breve, mas buscamos um horizonte. Queremos mostrar para as pessoas o quanto é absurdo uma pessoa não poder exercer livremente a sua sexualidade. Quem sabe um dia", conta, esperançosa.

Foto reprodução

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