Pela segunda partida seguida, objetos são arremessados no gramado da Arena do Grêmio. Depois de um celular voar ao gramado no duelo com o Santos, neste domingo, contra o Bahia, foi a vez de um maço de cigarros acertar o médico Márcio Santana do clube visitante. Ele não ficou ferido, mas entregou o objeto para o delegado da partida e tal fato pode ser registrado em súmula.

"Não quero que o clube seja punido. Não é minha intenção. Quero é que pare este tipo de coisa. Pegou em mim, não machucou nem nada. Mas entreguei para o delegado da partida para que isso tenha um fim. O clube não pode ser punido sozinho, mas temos que achar uma maneira", disse o médico Márcio Santana.

A reincidência preocupa o Grêmio. Não são poucos os focos de confusão recentes em jogos em casa. No último compromisso, um celular foi arremessado no gramado, um torcedor tentou invadir o campo e foi impedido por seguranças, além dos atos de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos.

E a preocupação se torna ainda maior por conta do julgamento que ocorrerá na próxima quarta-feira. O foco de análise é o racismo, mas todo comportamento da torcida pode prejudicar e a repercussão nacional gerar a necessidade de pena.

"Se, pelo menos, ele arremessar o maço de cigarro e parar de fumar, que bom. Pelo menos estaremos contribuindo para uma coisa boa", sorriu o médico baiano.

Neste domingo, apesar de todo pedido feito pelo clube com campanhas de conscientização, a torcida organizada Geral do Grêmio repetiu cânticos usando o termo 'macaco' para se referir ao Internacional.

Em campo, o time gaúcho venceu o Bahia pelo placar de 1 a 0. O resultado colocou os gremistas em 6º no Brasileirão com 28 pontos conquistados. São 4 de distância em relação ao grupo de classificação para próxima Libertadores.