Sozinho na porta da entidade, ele carrega consigo dois cartazes com palavras de protesto contra a corrupção no futebol brasileiro

Sozinho na porta da entidade, ele carrega consigo dois cartazes com palavras de protesto contra a corrupção no futebol brasileiro

Edson Rosa, 45 anos, acordou cedo nesta sexta-feira (29). Às 5h00 pegou um ônibus no centro do Rio de Janeiro e demorou cerca de duas horas até chegar à Avenida Luís Carlos Prestes, nº 130, na Barra da Tijuca, onde fica a nova sede da CBF. Sozinho na porta da entidade, ele carrega consigo dois cartazes com palavras de protesto contra a corrupção no futebol brasileiro.

"Corrupção, o maior vandalismo", diz uma das placas levantadas. Ao ser questionado sobre os motivos de sua indignação, ele resume: "É corrupção, está todo mundo envolvido".
 
Desde 2013, Edson se tornou praticamente um manifestante profissional: já bradou contra a Copa das Confederações, Copa do Mundo, aumento das passagens, o ex-governador Sérgio Cabral e a presidente Dilma Rousseff. Ao todo, ele diz ter 90 cartazes em casa. E após o FBI prender sete membros da Fifa em Zurique, na Suíça, na última quarta-feira (27), ele ganhou mais um motivo para reclamar.
 
Vestindo uma camisa da seleção brasileira - sem o escudo da CBF - e com uma série de assinaturas que pessoas que ele não conhece, o manifestante solitário diz que viu a chegada do presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, mas que não conseguiu fazer nada para incomodá-lo. "Não deu tempo", sintetizou.
 
Apesar de todas as suspeitas de corrupção que pairam sobre a CBF, o protestante disse ter uma camisa da seleção com o escudo da entidade e que vai continuar usando-a como um símbolo. "Esta é minha marca registrada", assegura.
 
Edson Rosa atualmente está desempregado. Antes, ele vendia livros na rua, mas ficou sem uma ocupação desde que um ônibus destruiu sua 'loja ambulante'. 
 
Foto: UOL

Últimas do seu time