Um dos principais pontos de discórdia entre a diretoria e o principal grupo de sustentação política de Peter Siemsen, o Flusócio, é o departamento de comunicação do clube

Um dos principais pontos de discórdia entre a diretoria e o principal grupo de sustentação política de Peter Siemsen, o Flusócio, é o departamento de comunicação do clube

Há pouco mais de três meses, a briga judicial pela permanência na primeira divisão do Campeonato Brasileiro uniu mais que nunca as forças políticas do Fluminense, além de intensificar os laços do clube com sua torcida. Tudo para defender o Tricolor das acusações de 'virada de mesa', feitas principalmente por torcedores do Flamengo e da Portuguesa, que foram punidos por escalações irregulares na competição.

No entanto, mesmo tendo dado o assunto por encerrado ainda nos últimos dias de 2013, quando ocorreu o julgamento pelo Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o Fluminense agora vê o assunto gerar polêmica em seus bastidores. Até mesmo aliados do presidente Peter Siemsen o acusam de ser muito tolerante com os críticos da participação do Tricolor nas ações que tiraram pontos de Flamengo e Portuguesa.

Um dos principais pontos de discórdia entre a diretoria e o principal grupo de sustentação política de Peter Siemsen, o Flusócio, é o departamento de comunicação do clube. Os aliados do presidente cobram uma postura mais firme de respostas às acusações de 'virada de mesa' que se espalham desde o fim do ano passado.

A insatisfação com este e outros pontos fizeram com que o grupo soltasse um comunicado na última sexta-feira com fortes ataques ao presidente do Fluminense. Em um dos trechos da nota, os aliados criticam o "modelo de posicionamento medroso" estabelecido pela diretoria tricolor nos últimos meses.

Uma das vontades de conselheiros da base aliada a Peter Siemsen era confecção de uma nota oficial de repúdio por parte do Fluminense aos que têm apontado o clube como articulador de uma 'virada de mesa' e inimigo do cumprimento das regras do futebol brasileiro. A medida, no entanto, foi desencorajada pela diretoria e não avançou.

Em nota divulgada no dia 14 de fevereiro deste ano, o Flusócio citava o site Passion Libertadores, que apontava o Fluminense como clube mais odiado do futebol brasileiro, para cobrar que a diretoria se posicionasse ativamente sobre as críticas de torcidas rivais De lá para cá, a insatisfação segue a mesma.

"Devemos usar este ódio generalizado a nosso favor, com a consciência de que existe algo de interessante neste cenário. A nossa torcida precisa usar isto como motivação para vestir cada vez mais a nossa camisa, se unir, ir aos jogos, entrar de sócio, etc", argumentava a nota do Flusócio.

Enquanto os seus aliados cobram uma resposta mais radical, Peter Siemsen tem apostado em uma estratégia mais sutil. O presidente do Fluminense reduziu suas aparições e delegou ao advogado do clube Mário Bittencourt a missão de falar sobre a questão judicial. Ao mesmo tempo, o Tricolor monitora os críticos e analisa possíveis retaliações na Justiça.

Enquanto a postura do clube diante das críticas gera polêmica, as atitudes nos tribunais agradaram a imensa maioria dos torcedores e dos sócios do Fluminense. O sentimento geral nas Laranjeiras foi de que o cumprimento deveria ter sido feito e que o advogado Mário Bittencourt representou bem os anseios do Tricolor.

FOTO: UOL

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