A adição de Matheus é parte de um plano de Tite para mudar métodos e "rejuvenescer" o estilo de trabalho

A adição de Matheus é parte de um plano de Tite para mudar métodos e "rejuvenescer" o estilo de trabalho

Guilherme Costa e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

O técnico Tite decidiu tirar um período sabático depois que deixou o Corinthians, no fim de 2013. Badalado pela trajetória vitoriosa que havia acumulado no time alvinegro, rechaçou propostas e preferiu estudar enquanto aguardava a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidir que treinador comandaria a seleção depois da Copa de 2014. Após ter sido preterido pela entidade nacional, que contratou Dunga, o técnico de 53 anos começou a estruturar o retorno ao futebol. Uma das medidas para isso foi adicionar o filho Matheus à comissão técnica.

Matheus Bacchi, 25, foi zagueiro de times do Rio Grande do Sul. Em 2010, depois de um período no Três Passos, foi jogar no time da Carson-Newman College, universidade sediada em Jefferson City, no Tennessee (Estados Unidos). Aliou a prática do esporte a um curso de ciência do exercício.

"Ele está se formando e fazendo pesquisas na área do esporte. O Matheus trabalha numa parte mais técnica, de estudos sobre o desempenho de atletas, com uso de computação e estatísticas. Ele teve convite para fazer isso na Inglaterra, mas acredito que seguirá com a gente", disse Gilmar Veloz, empresário de Tite.

A adição de Matheus é parte de um plano de Tite para mudar métodos e "rejuvenescer" o estilo de trabalho. Esse tem sido o principal foco do treinador durante o período em que esteve longe dos campos.

"O Tite parou para fazer estudos de trabalho. Não é que ele esteja em casa; Ele está lendo, trabalhando, se preparando para voltar três ou quatro anos mais novo e ganhar alguma coisa importante nos próximos anos", relatou o empresário.

Veloz chegou a assinar documentos de uma negociação com a federação japonesa de futebol – Tite era um dos nomes que a entidade considerava para assumir o comando técnico da seleção local. No entanto, o mexicano Javier Aguirre foi anunciado na última quinta-feira (24) como novo dono do cargo.

"Eles não falaram com apenas um treinador. Nenhuma seleção faz isso. Nem o Brasil fez", ponderou Veloz.

A seleção asiática era o plano mais concreto de Tite, que agora volta a esperar. O técnico não estabeleceu um prazo para voltar a trabalhar, mas Gilmar Veloz tem trabalhado com a possibilidade de recolocá-lo no mercado até setembro – publicamente, o treinador só falou que não trabalharia no primeiro semestre de 2014.

"Eu e o Tite andamos por vários clubes vendo o que se faz e o que não se faz. Ele esteve no Arsenal recentemente. Temos coisas pendentes, mas não criamos expectativas", finalizou o empresário.

FOTO: UOL

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