No jogo de volta o Asa perdeu por 2 x 1, mas como marcou gol fora, se classificou

No jogo de volta o Asa perdeu por 2 x 1, mas como marcou gol fora, se classificou

Depois de 13 anos, Palmeiras e ASA de Arapiraca voltam a se enfrentar pela Copa do Brasil. Da última vez, o clube pequeno sabia que iria eliminar o grande, é o que garante o treinador Ubirajara Veiga, técnico do time na época.

"Em 2002, eu assumi o ASA 20 dias antes do jogo contra o Palmeiras. Contratamos uma psicóloga muito boa, que fez uma palestra muito boa pra gente. De cara, conseguimos aquela vitória espetacular por 1 a 0 em casa, resultado que ninguém esperava. O que facilitou foi que alguns jogadores já tinham trabalhado comigo", conta Bira, em entrevista ao ESPN.com.br.

"Depois da vitória, passamos a semana treinando pênaltis em Arapiraca. Mas, quando chegamos a São Paulo, o campo do Nacional estava com problemas, e não pudemos treinar pênaltis antes do jogo de volta porque o gol estava sendo arrumado. Eu fiquei uma fera, mas os jogadores chegaram para mim e falaram: 'Fica tranquilo, professor, que nós vamos nos classificar nos 90 minutos'. A confiança estava muito grande, e deu no que deu", lembra o treinador.

No jogo de volta o Asa perdeu por 2 x 1, mas como marcou gol fora, se classificou. "Não houve menosprezo algum, pelo contrário. É claro que a torcida e a imprensa fizeram um pouco disso, mas é natural, ninguém conhecia a gente. O que fizemos naquele dia foi muito difícil, algo inacreditável. Todos esperavam que aquele time do Palmeiras, com Marcos, Arce, Alex, Luxa, se classificasse", relembra Bira.

"Durante a semana, um lateral sentiu dores e resolvi poupá-lo. Então, tive a ideia de treinar com 10 em campo, caso tivéssemos alguma expulsão. Fechei duas linhas de quatro e um cara isolado na frente. E não deu outra: com 10 do segundo tempo, nosso volante foi expulso, mas tudo encaixou e seguramos o resultado. A gente fez o trabalho, mas no dia do jogo, por coincidência, aconteceu tudo certinho, do jeito que havíamos imaginado", completa o técnico.

"Foi um momento muito bom na minha carreira, mas, como nunca fui marqueteiro, não soube aproveitar isso... Ao menos, em todos os clubes que eu passo, sempre a torcida e dirigentes me lembram como o técnico do ASA que tirou o Palmeiras da Copa do Brasil", finaliza Bira.

Foto: UOL

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