O caso Diego Costa virou polêmica no Brasil e chegam a acusar o jogador de traição por rejeitar a seleção de futebol, mas em outros esportes defender outros países é visto com naturalidade

O caso Diego Costa virou polêmica no Brasil e chegam a acusar o jogador de traição por rejeitar a seleção de futebol, mas em outros esportes defender outros países é visto com naturalidade

Diego Costa preferiu a Espanha. Deve jogar a Copa do Mundo no Brasil por outro país. Mesmo convocado por Felipão para ser testado em amistoso, o jogador rejeitou defender a camisa verde e amarela. O caso gerou e ainda rende muita discussão e até mal-estar para o próprio Scolari; a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) ameaça recorrer à justiça para que Diego perca a naturalidade brasileira. No futebol este assunto ainda vai perdurar. No entanto, em outros esportes isto é comum e nem por isto os atletas são considerados "traidores da pátria?.
No meio dos esportes Olímpicos há imigração de atletas e também há emigração. Esta troca é vista com naturalidade na maioria das vezes e coloca à frente de qualquer coisa a vontade do atleta e o aumento da chance do país conquistar medalhas.
O Brasil não tem tradição de medalhas em alguns esportes e a falta de incentivo a certas modalidades acaba refletindo no esporte de alto rendimento. Sendo assim faltam esportistas e a saída é a importação.
No polo aquático, por exemplo, o Brasil pode ter muitos estrangeiros defendendo o país em 2016. O primeiro atleta a conseguir a naturalização foi o espanhol Adrian Delgado Baches. E outros seguem o mesmo caminho. Além do masculino, a categoria feminina também pode recorrer a estrangeiros.
O tênis de mesa brasileiro não é tão carente de talentos, mas uma chinesa conquistou espaço na seleção. Gui Lin se naturalizou e foi convocada para representar o Brasil nas Olimpíadas de Londres. O episódio gerou polêmica, por conta da atleta que perdeu a vaga para a chinesa. Jéssica Yamada, nascida no Brasil, não gostou nada de ter ficado de fora.
Qual é o melhor basquete do mundo? O dos Estados Unidos. Por isto, nada melhor que ter um americano/brasileiro conosco. O armador norte-americano Larry Taylor conseguiu se naturalizar brasileiro e compôs a delegação em Londres. 
Mas o contrário também acontece. O Brasil também acaba perdendo alguns atletas de alto rendimento para outros países. E não é apenas no futebol.
Algumas categorias do judô possuem muitos atletas capazes de representar o Brasil, fato que acaba deixando bons judocas de fora da seleção. Em busca do sonho olímpico, alguns optaram por defender outros países. Canadá, Portugal, Grécia e Uruguai São alguns dos escolhidos por brasileiros como Sério Pessoa, Carlos Luz, Eduardo Lopes e Moacir Mendes. No total, sete podem "mudar de país?.
E tem um brasileiro que já defendeu dois países em Olimpíadas e nenhum deles é o Brasil. Pietro Bonfiglio nasceu no Rio de Janeiro e viveu na Austrália. Ele defendeu a seleção australiana de polo aquático nas Olimpíadas de Atenas (2004) e Pequim (2008). Em 2012, Pietro mudou de seleção ? foi convocado pela equipe italiana para disputar os Jogos de Londres e conquistou a medalha de prata.
Se no futebol as polêmicas parecem intermináveis e a motivação para alguns é apenas o lado financeiro, para outros o que conta mesmo é a oportunidade de disputar o maior evento esportivo do mundo. E para as delegações o que vale mesmo é o talento e medalhas!
Imagem: @CowboySL

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