O resultado, inclusive, já está na tabela oficial do Campeonato Baiano. Foto: Reprodução/TV Globo

O resultado, inclusive, já está na tabela oficial do Campeonato Baiano. Foto: Reprodução/TV Globo

Quase 24 horas depois do apito inicial do Ba-Vi, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) divulgou no fim da tarde desta segunda-feira a súmula do polêmico confronto entre Vitória e Bahia, disputado neste domingo (18), no Barradão. Nela, o árbitro Jaílson Macêdo Freitas confirma a vitória por 3 a 0 do time tricolor, seguindo o que rege o Regulamento Geral de Competições da CBF (leia mais abaixo). O resultado, inclusive, já está na tabela oficial do Campeonato Baiano.

Na súmula da partida, Jaílson esclarece todos os fatos ocorridos durante o clássico, desde a provocação de Vinícius até a última expulsão, de Bruno Bispo, que resultou no final precoce da partida. Com as cinco expulsões do Vitória, o Bahia acabou ficando com o triunfo por W.O: "A partida foi encerrada aos 35 minutos do segundo tempo de jogo devido à equipe do E.C. Vitória ter ficado reduzida com menos de sete atletas no campo de jogo.

O juiz do confronto cita os motivos de todas as oito expulsões, sendo as de Kanu, Denílson, Rhayner, Edson, Rodrigo Becão e Lucas Fonseca por conduta violenta. Já Vinícius foi expulso por comemorar o gol em frente à torcida do Vitória com gestos obscenos. Uillian Correia, por sua vez, recebeu o segundo amarelo por ´impedir um ataque promissor´, enquanto Bruno Bispo ganhou o vermelho ´por retardar o início de jogo de forma acintosa e ainda chutando a bola do local da cobrança´.

Jaílson relatou ainda a invasão a campo de dois torcedores rubro-negros, "sendo os mesmos contidos imediatamente pelo policiamento", e as palavras ditas por dirigentes dos dois clubes. Segundo o juiz, Diego Cerri, diretor de futebol do Bahia, reclamou de mão no gol do Vitória, enquanto Erasmo Damiani, dirigente do Vitória, acusou-o de ´ceder à pressão do Bahia´.

Com o resultado positivo, o Bahia assume a vice-liderança do Campeonato Baiano, agora com 11 pontos. O Vitória, por sua vez, permanece com dez, mas ainda com um jogo a menos. O líder da competição é o ainda invicto Juazeirense, que soma 16 pontos em seis jogos.

O que aconteceu no confronto

A partida foi encerrada antecipadamente porque o Vitória ficou com apenas seis jogadores em campo - um time precisa ter ao menos sete para seguir jogando. Kanu, Rhayner, Denilson, Uillian Correia e Bruno Bispo, do Vitória, levaram vermelho. No Bahia, os expulsos foram Lucas Fonseca, Vinícius, Rodrigo Becão e Edson, sendo que os dois últimos estavam no banco.

Denilson abriu o placar para o Vitória no 1º tempo. A briga começou quando Vinicius, do Bahia, fez o gol do empate, no 2º tempo. Ele converteu a penalidade e fez uma dança de "créu" na comemoração, em frente à torcida rubro-negra, o que irritou os jogadores do Vitória. Com isso, uma briga generalizada teve início e fez com que a partida ficasse paralisada por 16 minutos.

Depois da briga, a partida foi reiniciada, mas durou pouco. Primeiro, Uillian Correia foi expulso por fazer falta dura em Zé Rafael. Depois, Bruno Bispo também recebeu o cartão vermelho por chutar a bola para longe e retardar uma cobrança de falta e deixou o Vitória com apenas seis jogadores em campo, o que fez o árbitro encerrar a partida aos 34min do segundo tempo.

O que diz o regulamento

Art. 56 – Nenhuma partida poderá ser disputada com menos de sete (7) atletas ou com a ausência de um dos clubes disputantes.

§ 3º – Após o início da partida, se uma das equipes ficar reduzida a menos de sete (7) atletas, dando causa a essa situação, tal equipe perderá os pontos em disputa.

§ 4º – O resultado da partida será mantido, na aplicação do § 3º, se, no momento do seu encerramento, a equipe adversária estiver vencendo a partida por um placar igual ou superior a três (3) gols de diferença; e se tal não ocorrer, o resultado considerado será de três a zero (3 x 0) para a equipe adversária.

§ 5º – Os impedimentos automáticos e as penalidades impostas pelo STJD pendentes de cumprimento pelo clube ou pelos atletas do clube que não deu causa ao W.O., serão considerados cumpridos em ocorrendo quaisquer das hipóteses constantes do caput ou parágrafos deste artigo.

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