Maior jogador do ABC FC juntamente com Marinho Chagas, o ex-atacante Alberí está precisando de ajuda. O rei do Castelão (o estádio inaugurado em 1972 e que deu lugar à Arena Marinho Chagas) sofre em silêncio, distante dos olhares dos seus súditos, como é próprio dos monarcas que não querem entregar ao povo do reino a responsabilidade por seus problemas.
Mas os problemas de um cara como Alberí não são exclusivos de si mesmo; uma cidade como Natal, que durante os anos 1970/80 teve exposição nacional positiva por causa e ventura do talento do craque, tem a obrigação moral e humana de preocupar-se e zelar seus ídolos. E Alberí nesse momento está precisando da atenção da capital potiguar.
Ele está internado no Hospital Rui Pereira, uma unidade do serviço público, por força de bactérias parasitas que atacam suas defesas enfraquecidas pelo diabetes. Um dos pés que tantos gols e jogadas realizaram nos campos do Brasil e do mundo já perdeu dois dedos e o risco da amputação atingir o todo é tão real quanto a urgência do craque ser encaminhado para exames fora do local, em ambulância adequada.
Alberí não tem plano de saúde, a profissão de jogador só foi suficiente para acumular glórias no ABC e não bens que pudessem lhe dar uma aposentadoria digna. Alberí precisa ter um acompanhamento tecnológico e fisicamente mais adequados que o do hospital Rui Pereira; precisa fazer exames urgentemente a bordo de uma ambulância que não quebre no caminho, como aconteceu ontem.
Apelo às autoridades de Saúde do Rio Grande do Norte, à diretoria do ABC, aos empresários potiguares que de uma forma ou outra aprenderam a admirar o ídolo, aos fãs que podem criar uma corrente de auxílio, aos políticos que têm um sentimento de compromisso cultural e afetivo com a história de Alberí.
E rogo ao colega Milton Neves que use do seu poder de influência para levar o drama de Alberí aos seus milhões de ouvintes e telescpectadores. Vamos dar as condições possíveis que possam fazer o craque superar os ataques da infecção que ameaça impedi-lo de andar. A luta de Alberí é contra o relógio. Literalmente.
O cuidado imediato agora é evitar outro vexame histórico: ficar fora da Copa 2018 na Rússia. O risco existe. (AM) - Siga o colunista no Twitter e Instagram: @alexmedeiros59
Foto: UOL
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