Sonegamos informação e as poucas verdades que nos pertencem. E tomamos os outros por palhaços: não sabem que sonegamos.

Sonegamos informação e as poucas verdades que nos pertencem. E tomamos os outros por palhaços: não sabem que sonegamos.

Sonegadores, somos todos.
Sonegamos recibos e amores.
Sonegamos bons-dias no elevador.
Sonegamos por favores e obrigados.
Sonegamos o be-á-bá.
Sonegamos um prato de feijão.
Sonegamos bom futebol, quarta sim, domingo também.
Sonegamos informação e as poucas verdades que nos pertencem.
E tomamos os outros por palhaços: não sabem que sonegamos.
Mas sonegadores somos todos.
O Ronaldo, agora, brada que o Marco Polo Del Nero deve pegar o boné: seria bom que renunciasse.
O Cafu e o Edmilson tomaram as dores do cartola: honesto até a medula.
O Galvão Bueno, com voz de professor, pregou anteontem a moralidade no futebol: investigue-se! Doa a quem doer.
Marcelo Campos Pinto, diretor de esportes da Globo, outro dia mesmo, babou bovino sobre as glórias do Marin: eterno presidente.
Tiago Silva esbravejou circunspecto. Jurou de pés juntos que jogador não é alienado. São cientes daquilo que se passa nos bastidores: mas defendemos a camisa da CBF!.
Sonegadores, somos todos.
Palhaços, somos todos também.

 

Foto: UOL

 

 

 

 

 

 

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