Técnico colorado substitui mal e Sport empata no finzinho do jogo

Técnico colorado substitui mal e Sport empata no finzinho do jogo

Fazendo uma analogia com o que está acontecendo com a presidente afastada Dilma Rousseff, ora no "corredor da morte"a um passo de perder o seu mandato, ocorre-me imaginar se não seria o caso de os clubes de futebol incluírem em seus estatutos uma cláusula que permitisse ao conselho deliberativo cassar o mandato do presidente que, à guisa de má gestão, esteja conduzindo a agremiação para o fundo do poço. 

 
Pensei isso no final deste domingo, depois de o Internacional ter permitido, na Arena Pernambuco,  que o Sport chegasse ao empate em 1 a 1 aos 44 minutos do segundo tempo, resultado que frustrou a enorme torcida colorada de ver o fim da longa e penosa série de jogos sem vitória, com a agravante de  empurrar o time do Beira-Rio para a constrangedora Zona de Rebaixamento.  
 
 
Na situação em que se encontra o Internacional, atualmente, não dá mais para imputar o ônus desse fracasso somente à figura do treinador, mesmo sabendo-se que Celso Roth não seria o técnico ideal para tirar o time colorado da condição de desconforto em que se vê mergulhado há mais de dois meses. 
 
Logo que a crise foi sentida no Beira-Rio, nos primeiros cinco jogos sem vitória, não foi tarefa das mais difíceis transferir a responsabilidade do fracasso ao treinador de então, Argel Fucks, que acabou sendo demitido, tal como acontece em todos os clubes que acumulam resultados negativos por um período prolongado. 
 
Cabia então à direção colorada buscar o técnico ideal, considerado capaz de devolver ao Inter aquele padrão de jogo do início do campeonato, quando chegou até a liderar o certame por um período relativamente curto.
 
Foi a partir dessa escolha que deu para perceber que o problema do Inter não se concentrava exatamente no técnico, como se supunha inicialmente, mas sim na direção que, sem nenhuma justificativa plausível, confiara a Paulo Roberto Falcão o comando do time, quando ele não mais merecia confiança em razão de haver fracassado em duas oportunidades anteriores no exercício da função.  
 
Sem corresponder à chance que lhe fora dada pela terceira vez de comandar a equipe na qual se projetou como atleta, tornando-se um craque de nível internacional, o antigo ídolo colorado foi convidado a deixar o clube, cabendo à direção do Inter, mais uma vez, tentar encontrar o técnico capaz de acabar com esse jejum de vitórias. 
 
Bem, aí foi brincadeira o que a cartolagem colorada aprontou. Depois de serem cogitados treinadores de bom nível, alguns até com passagem vitoriosa pelo clube, a direção colorada anunciou, para desencanto de muitos, que Celso Roth estava voltando ao Beira-Rio com a missão de tirar o Inter desse rosário de fracassos. 
 
Sei que posso levar um puxão de orelha por essa colocação, haja vista que alguém poderá argumentar que o técnico contratado tem passado vitorioso no Beira-Rio por ter sido o treinador da equipe colorada que conquistou o bicampeonato da Copa Libertadores. 
 
Todos sabemos que isso é verdade, mas a tese se dissolve como uma pedra de gelo num caldeirão ao atentar-se para o fato de que foi a reboque dessa conquista que o Internacional, sob o comando do mesmo Celso Roth bicampeão da Libertadores, viveu o maior fiasco de sua história, sendo alijado da disputa da final do Mundial da FIFA pelo desconhecido Mazembe do debochado Kidiaba. 
 
Para que não se diga que estou revelando má vontade em relação a esse treinador, que tem lá suas qualidades, mas possui histórico de "cavalo paraguaio", vamos a uma rápida análise acerca do seu trabalho no jogo desse domingo, em Recife, que empurrou o Inter par o desconforto do Z-4.
 
No primeiro tempo, mesmo sem praticar um futebol vistoso, que deixasse transparecer a presença de um novo Inter na Arena Pernambuco, o colorado gaúcho até fez por merecer o placar de 1 a 0, embora seja forçoso dizer que o pênalti que o originou foi no mínimo duvidoso. 
 
Mas poucos minutos depois de a bola começar a rolar na segunda etapa da partida, o cidadão Celso Roth encarregou-se de desmantelar sua equipe, promovendo substituições equivocadas, que fragilizaram o time de forma assustadora, transformando os minutos restantes do jogo num filme de terror para a massa colorada. 
 
Nada deu certo. Ariel no lugar de Sasha só se fez notar ao perder um gol de forma incrível. Eduardo Henrique substituiu Fabinho sem dizer a que veio. Mais grave ainda, foi a presença de Fernando Bob no lugar de William, que abriu o corredor para o Sport apertar o cerco, até chegar ao gol de empate. 
 
No encerramento desse comentário, fica um breve registro sobre o falecimento ocorrido sábado do centro avante Alcindo, maior artilheiro gremista, que fez história nas décadas de 1960 e 1970, tendo atuado também pelo Santos, Jalisco e América do México, além da seleção brasileira, na Copa de 1966.
 
Alcindo Martha de Freitas era irmão dos jogadores Kim e Alfeu, que marcaram época no futebol gaúcho. No início da carreira, com apenas 13 anos, tornou-se pivô de uma transferência polêmica para o Grêmio, ao deixar as categorias de base do rival colorado descontente pelo não atendimento a um pedido de ajuda de custo para ir treinar. 
 
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Foto: UOL 

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