O ex-presidente da CBF José Maria Marin está preso nos Estados Unidos

O ex-presidente da CBF José Maria Marin está preso nos Estados Unidos

Do UOL, em São Paulo

Condenado em seis dos sete crimes pelos quais foi acusado nos Estados Unidos em esquemas de corrupção no futebol, conhecido como FifaGate, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, pediu por meio de seus advogados a revisão da condenação e, caso não obtenha sucesso, a realização de um novo julgamento. A informação foi publicada pelo site BuzzFeed, na noite desta segunda-feira (22).

A defesa de Marin alega, de acordo com o BuzzFeed, que a promotoria do caso não conseguiu provar a relação entre empresas de marketing esportivo e o dirigente, o que não tornariam válidas as acusações sobre a procedência do dinheiro envolvido.

Se o argumento não for aceito, os advogados pedirão um novo julgamento, alegando que as leis brasileiras, brandas com relação a propinas e comissões indevidas, não foram levadas em consideração. A mesma tese já havia sido rechaçada pela juíza do caso, Pamela Chen, durante o período de depoimentos.

Marin e sua defesa também questionam a procedência de algumas evidências usadas para incriminá-lo, como escutas telefônicas e documentos apreendidos em um cofre pertencente a Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo e dono da Klefler, empresa de marketing esportivo envolvida no esquema criminoso, segundo a Justiça norte-americana.

O paraguaio Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol e também condenado no caso, fez os mesmos pedidos de revisão à corte nesta segunda.

Marin, de 85 anos, está detido em um presídio no Brooklyn, em Nova York, enquanto aguarda pela divulgação da sentença, no dia 4 de abril. Em júri popular, ele foi considerado culpado por organização criminosa, fraude financeira e lavagem de dinheiro nas vendas de direitos de transmissão de TV para a Copa Libertadores e a Copa América.

Foto: Eduardo Graça/UOL

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