"Eu sou contra a pessoa que me fez mal naquele momento"

"Eu sou contra a pessoa que me fez mal naquele momento"

Em entrevista ao GloboEsporte.com, o atacante Emerson Sheik, do Flamengo, criticou os dirigentes pela fase do futebol brasileiro e pegou pesado com o presidente do Fluminense.

"Eu sou dessa geração aí. Do Renato, Edmundo e Paulo Nunes, que falavam também o que pensavam. Do Romário também. Acho que o futebol perdeu um pouco isso, às vezes as pessoas levam de uma forma diferente, até entendem de maneira desrespeitosa, agressiva, mas não vejo assim. Como quase tudo muda, o esporte também, faz falta. Foram craques do passado dentro e fora de campo. Digo isso pela maneira que levavam a vida, nunca esquecendo do trabalho, de estar sempre tentando dar o melhor dentro das quatro linhas, mas também vivendo. Acho que hoje o jogador de futebol se limita muito ao trabalho e esquece um pouco do lazer. Eu não consigo. Sou comprometido com o meu trabalho e tento levar vida normal como qualquer pessoa comum. Tento ter, né, na medida do possível", disse o atacante, sobre sua personalidade.

"Acompanho, sim, essa confusão toda que vem acontecendo. De tudo que escuto, há uma palavra que talvez resuma essa confusão toda que vem sendo o nosso futebol, também não sei se a geração ajuda muito. Planejamento é algo que falta há muitos anos. A seleção brasileira pagou por isso e por situações que são mais difíceis de entender. É uma pena para nós, que estamos envolvidos com futebol, vermos tanto vagabundo roubando, tanta gente errada... Quem perde é o povo brasileiro, porque é a nossa paixão, os atletas... O país do futebol talvez não seja mais o país do futebol. Isso não é por conta dos atletas, mas por conta desse bando de vagabundos que atrapalha. Se eu começar a falar, vai dar m... Mas é feio de se ver", diz Sheik, sobre o futebol brasileiro.

Sheik critica o Fluminense. "Do Fluminense eu não tenho nada contra a instituição. Sou contra, sim, os torcedores ignorantes que procuraram não enxergar a verdade. Eu sou contra a pessoa que me fez mal naquele momento. Posteriormente me fez muito bem, porque o clube não tinha estrutura para montar uma equipe competitiva para conquistar o que conquistei. Não tinha nem campo para treinar direito. A gente treinava naquele curral lá, que é a Laranjeiras. Acabei indo para um clube que me deu estrutura para trabalhar e lá ganhei Brasileiro, Libertadores, Mundial, Recopa, Paulista. Ganhei tudo".

Foto: UOL

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