O revés esfria a perseguição aos mineiros

O revés esfria a perseguição aos mineiros

Do UOL, em São Paulo

A euforia da vitória de domingo sobre o Cruzeiro passou, e o São Paulo tropeçou: de virada, foi derrotado pelo Coritiba nesta quarta-feira, por 3 a 1, no Couto Pereira. O revés esfria a perseguição aos mineiros, líderes da competição após vencerem o Atlético-PR, também nesta quarta.

O clube do Morumbi, que não contou com Kaká, suspenso, e Rogério Ceni, lesionado, mantém a segunda colocação, mas fica a sete pontos da liderança - um balde de água fria nas pretensões de título.

O Coritiba, por sua vez, respira aliviado: vai a 23 pontos, e ganha um pouco de fôlego na luta para escapar do rebaixamento para a Série B do Brasileirão.

Fases do jogo: O São Paulo começou a partida sentindo a falta de Kaká. Com uma marcação forte no meio de campo, o Coritiba conseguiu inibir a força criativa do adversário, resultando em um primeiro tempo travado, com poucas chances de gol.

Alex chegou a balançar as redes logo aos cinco minutos, mas usou a mão e acabou levando um cartão amarelo. O primeiro lampejo de bom futebol só veio depois de 37 minutos: Auro fez bonita tabela com Pato, mas bateu cruzado para fora.

Na segunda descida organizada do São Paulo – já nos acréscimos da primeira etapa – a rede foi balançada. Auro, muito bem na partida, lançou Pato dentro da área. O atacante ajeitou de cabeça e Michel Bastos bateu rasteiro, no canto esquerdo de Vanderlei.

Lutando para fugir do rebaixamento, o Coritiba precisou se expor e partir para o ataque na segunda etapa, tentando superar as dificuldades para criar as jogadas. Enquanto isso, os visitantes começaram a incomodar nos contra-ataques.

Foi em um vacilo da defesa são paulina que os donos da casa chegaram ao empate. Alvaro Pereira tentou afastar uma bola de bicicleta, e furou: Joel avançou e cruzou. Toloi ainda conseguiu afastar, mas, no rebote, Helder bateu forte, sem chances para Denis. Em seguida, dois minutos depois, veio a virada: cruzamento da direita e Joel, sozinho, empurrou para as redes. Pane no São Paulo.

Teve direito ao terceiro: Joel, outra vez. O camaronês puxou contra-ataque, driblou Denis e tocou para o gol vazio, aos 40 do segundo tempo.

O melhor: Joel (Coritiba). O camaronês marcou dois gols para o Coritiba e ainda participou de outro: no primeiro, foi o autor do cruzamento que acabou sobrando para Helder; no segundo, completou para as redes após cruzamento da direita, garantindo a virada. Ainda marcou o terceiro, driblando o goleiro Denis.

O pior: Alvaro Pereira (São Paulo). No primeiro gol do Coritiba, tentou tirar de bicicleta no campo de defesa a furou. O cruzamento para o segundo também saiu de seu setor - o uruguaio tentou, mas não conseguiu cortar a jogada. Também apareceu pouco no ataque.

Toque dos técnicos: Marquinhos Santos tentou congestionar o meio de campo e anular a força criativa dos passes são paulinos. Por algum tempo, cumpriu a missão, mas a qualidade técnica dos comandados de Muricy acabou prevalecendo no primeiro tempo. O treinador do São Paulo procurou manter o esquema que vem dando certo nas últimas rodadas: Michel Bastos substituiu Kaká. A equipe, depois de sair na frente, não repetiu o futebol de domingo, diante do Cruzeiro, viu a volta dos vacilos defensivos e acabou levando a virada. No contra-ataque, sofreu o terceiro gol.

Para lembrar:

Premonição: "O Michel bate duro na bola", disse Muricy Ramalho antes do apito inicial. Não deu outra: o camisa 7 acertou um bonito chute após ajeitada de Pato para abrir o placar em Coritiba.

La mano de Diós: Meia, canhoto e camisa 10, Alex tentou emular Maradona na Copa de 1986: com a mão, completou para as redes um cruzamento na primeira etapa. Os resultados, porém, foram diferentes: o argentino acabou levando a taça do Mundial; Alex recebeu apenas um cartão amarelo.

Volta do fantasma: As falhas defensivas que marcaram o irregular primeiro semestre do São Paulo voltaram a aparecer. Toloi e Alvaro Pereira se enrolaram em dois gols na virada do Coritiba.

Mergulho arriscado: Joel mergulhou no túnel do vestiário ao marcar o terceiro do Coritiba. Por pouco não se machucou, e ainda levou o amarelo.

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