O duelo de volta está marcado para o dia 5 de novembro, a próxima quarta-feira, em Guaiaquil

O duelo de volta está marcado para o dia 5 de novembro, a próxima quarta-feira, em Guaiaquil

Adriano Wilkson
Do UOL, em São Paulo

Depois de um primeiro tempo arrasador e um apagão no segundo, o São Paulo venceu por 4 a 2 o Emelec, do Equador, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Os três primeiro gols no Morumbi saíram antes dos 45 minutos iniciais e foram fruto de intensa troca de passes do setor criativo, que nesta noite foi composto por Michel Bastos, Kaká e Paulo Henrique Ganso. Os dois gols dos equatorianos, porém, saíram após um desarranjo defensivo.

Com o resultado, o São Paulo avançará para a semifinal mesmo se perder por um gol de diferença. Se perder por dois gols de diferença, terá que fazer três ou mais (5 a 3, 6 a 4...). Caso perca por 4 a 2, a decisão vai para os pênaltis.

O duelo de volta está marcado para o dia 5 de novembro, a próxima quarta-feira, em Guaiaquil.

O São Paulo é o único time brasileiro na Sul-Americana, torneio que o clube já venceu em 2012 e que dá vaga ao campeão para a Libertadores de 2015. Antes disso, o time paulista enfrentará o Criciúma, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro, no domingo.

Fases do jogo. Pareceram dois jogos distintos. No primeiro tempo, o São Paulo envolveu os equatorianos com muita troca de passe e eficiência na finalização. Foram três gols que mostraram toda a qualidade do setor de criação formado pelo técnico Muricy Ramalho. Michel Bastos acertou um belo chute de fora da área para abrir o placar. Hudson aproveitou sobra de bola de Kaká e fez o segundo. Alan Kardec aumentou depois de passe do mesmo Kaká.

No segundo tempo, por incrível que pareça, tudo mudou. Uma espécie de apagão se abateu sobre o setor defensivo tricolor e o Emelec se aproveitou disso. Logo aos 2min, Bolaños escapou da marcação e apareceu na grande área, chutou sem ângulo e Rogério aceitou. Depois foi Mena, que apareceu livre para diminuir. A defesa do São Paulo, perdida, dava muito espaço aos visitantes. A torcida assistia a incrédula. Até que o gol de Antonio Carlos, o zagueiro que entrara no intervalo, trouxe mais calma aos tricolores. O time continuou sofrendo na defesa, mas conseguiu se safar principalmente por causa de boas defesas de Rogério Ceni.

O melhor. Ganso. O maestro tricolor fez um primeiro tempo muito eficiente, com passes precisos para os homens da frente. Como todo o time, porém, ele se apagou no segundo tempo. No final, distribuiu chapéus para segurar a bola no ataque.

O pior. Edson Silva. Os dois gols do Emelec saíram nas costas de Edson Silva, que perdeu na corrida pros equatorianos. Pode-se dizer, porém, que o mau posicionamente de Antonio Carlos, que entrou no segundo tempo, contribuíram para os tentos. A dupla representa o desarranja da defesa são-paulina no segundo tempo. Antonio Carlos, ao menos, fez um gol de cabeça.

Chave do jogo. O apagão do São Paulo. Foi incrível como o time mudou no intervalo e permitiu ao limitado time do Emelec chegar com perigo. Quando parecia que o time faria uma goleada elástica e tranquila, o São Paulo conseguiu se complicar e deixa o fuela em aberto.

Toque dos técnicos. Muricy Ramalho teve participação decisiva na partida. Depois de um primeiro tempo quase perfeito, ele trocou Maicon por Antonio Carlos, e o setor defensivo se desmoronou. O apagão durou pouco mais de vinte minutos, durante os quais o Emelec fez seus gols.

Para lembrar:

Fregueses. Foi a 64ª partida de Rogério Ceni contra um time estrangeiro no Morumbi. Ele só perdeu uma vez, em 2006, para o Chivas Guadalajara. Os números do goleiro contra gringos em casa são 50 vitórias, 13 empates e uma derrota.

Dupla dinâmica. Angel Mena e Miller Bolaños foram os melhores no meio do frágil time do Emelec. O primeiro atuou como um "motorzinho" no meio-campo e fez gol; o segundo também deixou o dele, deu assistência e se consolidou como artilheiro de seu time no ano. A comissão técnica tricolor deve ficar de olho neles para o jogo da volta.

A redenção do zagueiro. Antonio Carlos entrou mal no jogo, mas se redimiu e marcou um gol de cabeça quando o São Paulo era pressionado. Na comemoração, ele foi visto chorando.

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