O dia em que o "pequenino" Milton Cruz derrubou o "gigante" Tite

O dia em que o "pequenino" Milton Cruz derrubou o "gigante" Tite

Antes do encerramento da fase de grupos da Copa Libertadores da América de 2015, quando o São Paulo enfrentava o Corinthians em casa, no Morumbi e lutava por uma vaga à próxima fase, confesso que a esperança de uma vitória tricolor havia se acabado. Não pelo adversário, mas sim, pela má fase que atravessa ou atravessava o clube da fé.

E foi justamente fé o que não faltou para o Tricolor Paulista, que presenteou a torcida pelo apoio e comparecimento ao estádio com o resultado positivo, de 2 a 0.

Horas antes da partida, recorria a minha memória aquela derrota são-paulina para o Timão, válida pelo Campeonato Brasileiro, no dia 7 de outubro de 2007, quando Betão fez o gol que quebrou um tabu de 13 partidas sem vencer o rival. É que na época, em lados opostos na tabela e em momentos distintos, estava tão na cara que o São Paulo afundaria ainda mais o Corinthians na crise, que terminou com uma doída derrota na conta.

Assim sendo, restava acreditar que para o confronto de ontem (22), em algum minuto, um “Betão” tricolor faria o tento salvador. Porém, ao contrário de todas as expectativas que sondavam até o mais fanático torcedor, o impossível aconteceu.

De onde foi que surgiu aquela vontade e raça, tradicional do São Paulo, há tempos esquecida? Quem viu Paulo Henrique Ganso correr e lutar até por bolas perdidas, não acreditava! Reinaldo, quem diria? O lateral-esquerdo só não fez um jogo 100% perfeito porque levou um cartão amarelo desnecessário. Denílson e Souza pareciam se conhecer desde a base, por tamanho entrosamento. E não posso me esquecer, é claro, do Luis Fabiano. O atacante, vindo de lesão, foi fator determinante no resultado e nos ânimos do espetáculo.

Quando é pra criticar, a gente critica. Mas, quando é pra elogiar, a gente elogia também.

O São Paulo não foi o Corinthians de 2007 como eu imaginava, foi o São Paulo que todo torcedor idealiza.

E daqui pra frente, o que todos esperam é que o nível continue assim, alto e subindo. Pois, se derem continuidade a este ritmo, não vai ter Cruzeiro, Boca Juniors, River Plate, Corinthians, Racing etc. que segure o Soberano.

A bem da verdade, o Alvinegro está disputando a primeira Libertadores contra o time do Morumbi e já sente que é diferente, a pressão é outra. Que o diga o Palmeiras, eliminado em três edições do torneio nas oitavas de final (1994, 2005 e 2006).

Vale lembrar que o interino Milton Cruz está no comando e conseguiu superar o ótimo treinador corintiano Tite. Imagine quando um técnico novo chegar e colocar ordem na casa são-paulina?

Sem mais, grande time esse do San Lorenzo, hein? Perder em casa para o fraquíssimo Danubio? Vou te contar, viu?!?!

No Twitter: @tulionassif

Imagem: Túlio Nassif/Portal TT

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