Do UOL, em São Paulo

Debaixo de muita chuva e dentro de um caldeirão verde e branco na Colômbia, o São Paulo perdeu para o Atlético Nacional por 1 a 0 no primeiro jogo da semifinal da Copa Sul-Americana. O gol da vitória saiu ainda no primeiro tempo depois de um apagão na defesa tricolor, que permitiu ao atacante Ruiz ficar na cara de Rogério Ceni. Em desvantagem no placar, o time paulista não conseguiu ter organização suficiente para empatar e teve, inclusive, muito perto de sofrer mais gols. Foi salvo apenas por uma atuação inspirada de seu capitão Rogério Ceni. A torcida colombiana teve participação fundamental, ao lotar o estádio e empurrar seu time à vitória.

Se quiser manter a esperança de título em 2014, o São Paulo terá que reverter a derrota no Morumbi. O primeiro finalista da Sul-Americana será conhecido na próxima quarta-feira, quando as duas equipes voltam a se enfrentar, dessa vez em São Paulo. O outro finalista sairá do confronto portenho entra Boca Juniors e River Plate. Os argentinos iniciam o duelo na quinta, na Bombonera.

Fases do jogo. O primeiro tempo transcorreu sem grandes emoções, com uma leve e natural pressão imposta pelo time da casa, até que um erro coletivo na esquerda da defesa são-paulina permitiu o primeiro gol da partida. Faltou comunicação entre Edson Silva, Rafael Toloi e Rogério Ceni, o que permitiu a Ruiz finalizar para o fundo das redes. Com a vantagem no placar, a torcida se inflamou, contagiou os jogadores, e o Atlético Nacional ficou perto de chegar ao segundo, mas parou em uma ótima defesa do goleiro tricolor.

No intervalo, o meia Kaká pediu para o São Paulo segurar mais a bola e jogar mais. Mas, no segundo tempo, foi o time da casa que comandou as ações. Em uma noite insegura, o sistema defensivo tricolor dava espaço para os adversários, que só não fizeram mais gols por causa de boas defesas de Rogério. Quando Muricy Ramalho mexeu no time (colocou Osvaldo e Alexandre Pato), o São Paulo começou a criar mais chances, mas nenhuma foi efetiva o suficiente para chegar ao empate.

O melhor. Rogério. O goleiro se envolveu na falha coletiva do gol colombiano, mas foi o responsável por evitar uma derrota ainda pior. Foram pelo menos cinco defesas difíceis em momentos capitais da partida. Em grande fase, o capitão tinha acabado de ser o pivô de uma polêmica entre o São Paulo e Penalty, seu fornecedor de material esportivo.

O pior. Edson Silva. Não foi apenas sua falha no lance do gol que comprometeu a atuação do zagueiro tricolor. Ele também errou posicionamento e passes que trouxeram insegurança ao resto do time.

Chave do jogo. O lado esquerdo do São Paulo. O time paulista jogou "penso", com um vazio técnico no lado esquerdo da defesa. Edson Silva falhava, Michel Bastos não dava cobertura adequada, e mesmo quando o titular Alvaro Pereira entrou, não conseguiu conter as investidas colombianas.

Para lembrar:

Dor. O atacante sofreu uma pancada do goleiro colombiano e ficou no gramado se contorcendo de dor. Voltou ao campo, mas torceu o tornozelo e precisou ser substituído. Em seu lugar, entrou o lateral Alvaro Pereira.

Hora extra. O uruguaio, por sinal, deveria ter sido poupado por Muricy Ramalho, porque já havia jogado pela seleção uruguaia menos de 24 horas antes com sua seleção.

Cruzamento. Caso passe pelo Atlético Nacional, o São Paulo pegará Boca Juniors ou River Plate na decisão. Se o adversário for o Boca, a segunda partida da decisão será no Morumbi. Se for o River, o jogo final será em Buenos Aires.