O empate é um balde de água fria para ambos os times

O empate é um balde de água fria para ambos os times

Do UOL, em São Paulo

O empate entre Vasco da Gama e São Paulo neste domingo (12) foi ruim para ambos. Pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, em São Januário, o Tricolor saiu na frente com Marcos Guilherme no primeiro tempo e depois do intervalo recuou inteiro, até Caio Monteiro empatar em 1 a 1. O time cruz-maltino chegou a ter um jogador a mais e insistiu no ataque, mas não teve forças para a virada.

O empate é um balde de água fria para ambos os times, que sonham, em maior ou menor escala, com uma vaga na próxima Copa Libertadores da América. O objetivo segue alcançável para o Vasco, que tem 49 pontos e fica a dois da zona de classificação; mas o São Paulo, com 45, passa a depender bastante dos resultados de terceiros. Na quarta-feira (15), pela 35ª rodada, o time carioca recebe o Atlético-MG, enquanto o Tricolor visita o Grêmio. Clique aqui e confira classificação e jogos do Brasileirão.

O melhor: Caio Monteiro põe fogo no jogo

O meia-atacante foi acionado aos 13 minutos do segundo tempo, promoveu uma correria para cima da defesa são-paulina e empatou a partida aos 30. Apresentando-se como opção pelo lado esquerdo, deu trabalho ao adversário e foi uma das principais armas ofensivas

Quem foi mal: Estabanado, Militão acaba expulso

O primeiro lance de Éder Militão já não foi dos melhores: o lateral se atrapalhou com a bola e foi desarmado com poucos segundos de jogo. A partir daí, teve atuação discreta apesar da grande velocidade no apoio e principalmente na recomposição. Não teria sido uma partida tão ruim não fosse uma falta

Vasco tenta se adaptar aos desfalques

A escalação com três laterais direito de origem já era esperada, mas não deixou de ser inusitada. Madson, Yago Pikachu e Gilberto compuseram o lado direito da equipe de Zé Ricardo, que começou bem organizada mesmo sem seis titulares. Mas faltou poder de marcação e principalmente criatividade. O Vasco levou perigo pela primeira vez em uma cobrança de falta de Nenê, aos 32 minutos.

São Paulo acorda e sai na frente

Morno no jogo, o time tricolor foi do desinteresse ao 1 a 0 em cinco minutos. O São Paulo marcava bem, mas estava amarrado em campo, sem criatividade ou passes agudos. Eis que Maicosuel escapou pela esquerda, encarou a marcação e chutou com perigo. Cinco minutos depois, Marcos Guilherme roubou bola de Jean e encheu o pé para abrir o placar.

Zé Ricardo solta meio-campo vascaíno

A entrada de Evander no lugar de Gilberto melhorou o Vasco, que passou a ocupar melhor o campo de ataque — o garoto quase abriu o placar em cobrança de falta. Depois Pikachu deu lugar a Caio Monteiro, e aí, sim, o time da casa foi para cima. Frequentou a área e criou chances seguidas, a melhor delas justo com Caio, que obrigou Sidão a fazer ótima defesa.

Vasco empata e aumenta pressão

Caio Monteiro teve nova chance seis minutos após a grande defesa de Sidão, e desta vez mandou na rede. O empate a 15 minutos do final deu ainda mais fome ao Vasco, que já não tinha mais volantes em campo. É verdade que um cabeceio de Rodrigo Caio quase recolocou o São Paulo à frente, mas a expulsão de Militão aos 38 foi fator decisivo para lançar o time da casa ao ataque. A bola rondou insistentemente o gol de Sidão, que fez boas defesas para garantir o empate.

A volta de São Januário

O vascaíno enfim pôde matar a saudade do estádio após quatro meses de interdição. O clube foi punido por uma briga generalizada no clássico com o Flamengo, em julho, e desde então peregrinou entre Volta Redonda, Nilton Santos e Maracanã — na única vez que jogou em São Januário neste período, foi com portões fechados.

O reencontro da torcida com o local, no entanto, não foi lá muito confortável: parte das 17,4 mil pessoas presentes neste domingo tiveram que enfrentar filas quilométricas nos acessos à arquibancada minutos antes de a bola rolar, com muitos entrando já com a bola rolando.

Foto: Luciano Belford/AGIF (Retirada do Portal UOL)

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