O aumento salarial é uma estratégia da cúpula alvinegra para aumentar a multa rescisória do atleta

O aumento salarial é uma estratégia da cúpula alvinegra para aumentar a multa rescisória do atleta

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

O atacante Gabriel Barbosa não deve ficar de "mãos abanando" após recusar a proposta do Fernebahce, da Turquia. O UOL Esporte apurou que a diretoria do Santos prepara uma proposta para conceder o maior salário do elenco ao jogador.

O aumento salarial é uma estratégia da cúpula alvinegra para aumentar a multa rescisória do atleta, avaliada em 50 milhões de euros [R$ 204 milhões]. Mas o foco principal é derrubar uma cláusula contratual, considerada perigosa pelos dirigentes santistas.

Isso porque o UOL também apurou que o contrato de Gabigol possui a cláusula que obriga o Santos a cobrir propostas da Europa acima de 18 milhões de euros [R$ 73,5 milhões] durante a vigência do contrato. Caso contrário, o clube será obrigado a vender o jogador. A cláusula foi inserida pelo ex-presidente Odílio Rodrigues, que estendeu o vínculo do atleta até o fim de 2019 no ano passado.

A proposta do clube turco ficou próxima do valor da cláusula e assustou a diretoria santista. O Fernebahce iniciou as negociações com 10 milhões de euros [R$ 40 milhões], mas terminou a transação oferecendo pouco mais de R$ 15 milhões de euros [R$ 61,2 milhões].

A ideia é seduzir o jogador com um aumento salarial considerável e propor a quebra da cláusula, além do aumento automático da multa rescisória. Gabigol já possui um dos maiores ordenados do elenco - ele recebe R$ 180 mil mensais.

Para sorte do Santos, Gabigol também não pressionou o clube após receber a proposta dos turcos. Um dos motivos que fez o jogador priorizar o clube paulista é o desejo de defender a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Vale ressaltar que o Santos só tem direito a 40% do valor total em caso de transferência de Gabigol. O clube paulista tinha 60% dos direitos econômicos, mas o ex-presidente do clube, Odílio Rodrigues, negociou 20% com um grupo de empresários poucos dias antes de deixar o clube no ano passado.

O dirigente usou parte da verba para pagar dívidas com investidores, envolvendo as transações de Leandro Damião e Felipe Anderson.

Os direitos econômicos de Gabigol estão divididos da seguinte forma: 40% para o Santos, 30% para o atleta, 20% para a Doyen Sports e 10% para um grupo de investidor não divulgado. Esses 10% foram negociados pelos representantes do jogador.

Foto: UOL

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