Samir Carvalho
Do UOL, em Santos (SP)
Neste sábado, dia 15 de novembro, o Santos terá de pagar a última parcela do atacante Leandro Damião, que custou ao clube R$ 42 milhões, com a ajuda do grupo de investidores maltês Doyen Sports, responsável por financiar o acordo. O clima na Vila Belmiro é de "velório" por causa do alto investimento que, segundo dirigentes, conselheiros e torcedores, não teve retorno dentro de campo.
A tristeza se justifica. Atualmente, o reforço mais caro da história do clube virou a quinta opção do ataque santista, chegando a ficar na reserva até do jovem Jorge Eduardo.
Dois fatores recentes já demonstram o desprestigio do atacante. Damião viu do banco de reservas o jogo mais importante do Santos na temporada – contra o Cruzeiro, na semifinal da Copa do Brasil, na semana passada – e ainda não iniciou o clássico contra o Corinthians como titular, mesmo com três desfalques no setor, no último domingo, no Itaquerão.
Damião disputou 40 jogos com a camisa do Santos, apenas oito deles por 90 minutos. O camisa 9 só marcou nove gols em quase onze meses de clube.
Leandro Damião foi titular em sua chegada ao Santos sob o comando de Oswaldo de Oliveira, que perdeu a paciência devido à ausência de gols e o colocou no banco de reservas. Um dos principais motivos para a diretoria ter demitido Oswaldo foi o fato de o treinador ter barrado Damião da equipe titular.
Os cartolas acreditavam que apenas uma sequência de partidas o faria readquirir a confiança perdida e, por isso, chamaram Enderson, que já havia trabalhado com o atacante na base do Internacional. O treinador, por sua vez, chegou ao clube com discursos positivos em relação ao atacante, concedeu a sequência de jogos, mas também desistiu do camisa 9 pelo mesmo motivo – falta de gols.
"O Leandro é um jogador com capacidade. Vive um momento de dificuldade, nessa reta final principalmente, com poucas oportunidades, mas o grupo tem que absorver isso. Talvez nesse final de temporada ele tenha uma dificuldade maior. Talvez ele precise iniciar um novo trabalho, começar do zero e ser só mais uma opção, não a grande realidade, para poder trilhar seu caminho. Não tenho dúvida de que, com as coisas acontecendo positivamente, a confiança volta, assim como a dos jogadores e torcedores", afirmou Enderson.
Se não bastasse, fora de campo Damião também não corresponde às expectativas. Em sua apresentação, o departamento de marketing acreditava que o camisa 9 seria o chamariz para o clube, enfim, encontrar o patrocinador master da camisa santista. Na época, a expectativa era que o acordo fosse fechado em duas semanas, mas o clube só encontrou um candidato no fim do mês passado.
FOTO: UOL
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