Jogador não gosta de rodízio. Jogador odeia ser poupado. E jogador odeia mais ainda ser poupado e não dispensado das atividades de quem vai jogar

Jogador não gosta de rodízio. Jogador odeia ser poupado. E jogador odeia mais ainda ser poupado e não dispensado das atividades de quem vai jogar

Jogador não gosta de rodízio.

Jogador odeia ser poupado.

E jogador odeia mais ainda ser poupado e não dispensado das atividades de quem vai jogar.

Se poupado, jogador quer ficar em casa, é claro!

“Poxa, se não vou jogar, quero mais é coçar o saco com minha família”, não escondem.

Ora, mas é óbvio.

O jogo em si é o clímax de uma preparação especial e nervosa de dois dias antes da tensão da disputa nas “quatro linhas”.

Se a partida em casa é na quarta, treina-se na terça, concentra-se à noite e durante o dia do jogo o elenco fica todo focado, isolado e ligado em preleções, dicas, espera pela escalação final e tensão lógica pelo passar dos minutos.

Ou seja, tudo é natural e perfeito para quem... vai jogar!!!

E quem está dispensado, não vai jogar e está poupado, não precisa passar por este ritual, certo?

Errado!

Como o argentino Bauza “burrísticamente” na quarta-feira, nos últimos anos treinadores-gênios descobriram a pólvora da bola com dois novos ingredientes: o imbecil do rodízio exagerado e a “asnosa” da tal “poupação” de jogador concentrado e depois postado no banco e até... jogando!

É o que jogador mais tem ódio e até nojo.

E como o que começa mal quase sempre ou sempre termina mal, o último punido por falta de tato foi o treinador do São Paulo.

“Poupou” Ganso, mas o mantendo preso ao lado de todo o elenco que ia jogar nas burocráticas e naturais atividades de preparação para a partida diante do Fluminense.

Assim, Ganso foi “poupado”, teve que viver o mesmo ritual de seus companheiros não “poupados”, teve que ficar no banco e teve até que... jogar!

E se contundiu!

E mutilou sem culpa a força técnica do São Paulo diante do temível Atlético Nacional de Medellín da Colômbia pela importante semifinal da Copa Libertadores.

Caramba, seo Bauza, se Ganso estava “poupado”, por que você não o liberou para ele curtir as delícias lá de sua bela lagoa?

Ganso iria nadar legal e tranquilo ao lado de “Dona Gansa”, de seus “gansinhos”, da sogra e da mãe e vendo o jogo pela TV.

Mas, não, com as asas amarradas Ganso ganhou foi um presente de grego de Buenos Aires e o São Paulo um belo pepino.

É claro que, com Ganso, o São Paulo poderia perder e feio para o time colombiano e, sem Ganso, poderá ganhar de goleada, por que não?

Quem pode garantir o contrário?

Tudo é possível, mas o bom senso determinava e determina que Ganso, ou qualquer jogador de qualquer time, quando poupado, fosse e seja dispensado de toda ou de parte da preparação daqueles não “poupados”.

Isso vale até para uma situação de guerra.

Se o general quer “poupar” seu soldado, que não o mande para o front de batalha.

Ah, mas que saco esse troço de poupar jogador, sô!

Poupança não funciona, nem a caderneta.

Talvez o dólar, mas aplique mesmo em seu suor, a melhor concentração, esta sim absolutamente indispensável.

Foto: UOL

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