A Fifa pode ter como próximo presidente um descendente direto do profeta Maomé. Isso mesmo. Um dos principais rivais de Joseph Blatter na eleição da entidade, no fim de maio, o jordaniano Ali Bin Al-Hussein é considerado membro da 43ª geração da família de Maomé. O príncipe que promete moralizar a Fifa ainda tem no passado uma ligação com o esporte, mas não se trata do futebol: ele praticou luta greco-romana.
Al-Hussein tem 39 anos e é filho do rei Hussein, de onde vem sua alegada descendência de Maomé, fundador árabe do islamismo e profeta dos muçulmanos. Apesar disso, a expectativa é que ele tenha mais apoio nos dirigentes europeus do que nos asiáticos.
Presidente da federação jordaniana de futebol aos 23 anos, o príncipe fundou a federação da Ásia Ocidental e chegou à vice-presidência da Fifa no mandato de Blatter. Nos estados Unidos, para onde se mudou ainda adolescente, teve seu maior contato com o esporte como atleta.
Durante o ensino médio, Al-Hussein se dedicou à luta e se destacou na greco-romana, vencendo alguns títulos regionais em Connecticut. De lá, estudou em uma academia militar na Inglaterra e logo assumiu a chefia da segurança de seu meio-irmão, o rei Abdullah II.
Uma de suas bandeiras no futebol, ainda como vice-presidente, foi conseguir novamente a liberação do uso de véus para as jogadoras islâmicas. O futebol feminino é uma de suas prioridades desde que ingressou na vida política.
Já sua principal plataforma como candidato ao cargo de Blatter é adotar a transparência para tirar a Fifa do noticiário de escândalos e voltar todos os esforços para o futebol. A eleição acontecerá no dia 29 de maio, e as outras candidaturas validadas para desbancar o suíço são as do ex-jogador português Figo e do holandês Michael Van Praag.
Foto: UOL
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