Técnicos se enfrentam neste domingo, em Itaquera

Técnicos se enfrentam neste domingo, em Itaquera

Não há rusgas nem rivalidade. Pelo contrário. O corintiano Tite e o são-paulino Edgardo Bauza se enfrentam no clássico deste domingo com um clima de cordialidade na Arena Corinthians.

Houve, na avaliação de ambos, um mal entendido minutos depois da partida entre Corinthians e San Lorenzo-ARG pela Copa Libertadores 2015. Uma declaração que Tite recebeu de forma atravessada e, imaginou, pudesse ser provocação de Bauza. Recentemente, o treinador corintiano teve certeza de que, de fato, não era.

Assim que Edgardo Bauza chegou ao São Paulo, no mês passado, Tite sacou o telefone e ligou para o argentino com três intenções. A primeira delas era pedir detalhes sobre Sebastián Blanco, meia do San Lorenzo que negociava com o Corinthians. A segunda era dar as boas vindas ao treinador no Brasil. De quebra, o contato deu a certeza de que não havia qualquer resquício do episódio vivido na temporada anterior.

Tite e Bauza já haviam conversado em 2015 por ocasião dos confrontos na Copa Libertadores. Um dos dois títulos continentais do argentino, inclusive, foi acompanhado in loco pelo treinador do Corinthians: a vitória do San Lorenzo-ARG sobre o Nacional-PAR em 2014 teve Tite, então desempregado, nas arquibancadas.

A conversa recente ao telefone agradou ambos, que até trocaram elogios públicos nos últimos dias. "O Tite é o campeão. Ele não é o melhor só porque foi o campeão agora. Há muitos anos, ele é um dos melhores técnicos do Brasil", disse Bauza ao Sportv. "Independentemente de estilo, tenho uma frase feita: `campeão a gente respeita´. Eu respeito o Bauza pelo campeão que ele é. Não posso entrar em outros méritos. Estilo você gosta ou não gosta", retribuiu o corintiano na sexta.

No ar, Tite também deixou no ar uma questão importante: a diferença de estilos entre ambos. Nos últimos anos, o corintiano conservou a marca de organização tática que marca suas equipes e certo pragmatismo, mas incorporou conceitos mais modernos como o jogo baseado em triangulações no sistema 4-1-4-1 que foi campeão brasileiro ou a utilização de Danilo como um falso nove. Bauza, seja na LDU-EQU ou no San Lorenzo, seus melhores trabalhos, prima pelo trabalho defensivo forte, muita velocidade nos contra-ataques e em vários momentos abre mão do protagonismo em campo.

É certo que, neste domingo, o clássico válido pelo Campeonato Paulista será impulsionado pela rivalidade dos dois clubes. O que não acontece no banco de reservas entre Tite e Bauza.

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