Wilton Pereira Sampaio estava no VAR na final da Copa do Brasil. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Wilton Pereira Sampaio estava no VAR na final da Copa do Brasil. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

O VAR estreou em competições nacionais nesta temporada e, na primeira final de grande porte em que foi utilizado, virou protagonista da decisão da Copa do Brasil na última quarta-feira (17). Responsável pela arbitragem de vídeo no polêmico duelo entre Corinthians e Cruzeiro, Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO) trabalhou com a tecnologia na Copa do Mundo e é o nome escolhido para ir ao Mundial de Clubes.

Wilton foi o único árbitro brasileiro convocado a atuar com o VAR na Copa disputada na Rússia. Desde então ele exercera a função em três partidas da Copa do Brasil: Cruzeiro 1 x 2 Santos (quartas de final); Corinthians 2 x 1 Flamengo (semifinal); Cruzeiro 1 x 0 Corinthians (jogo de ida da final).

Ele também segue como árbitro de campo, e um dos mais prestigiados do continente sul-americano. Não à toa, ele estará no Mundial de Clubes que será disputado em dezembro nos Emirados Árabes Unidos. Apenas seis trios estão convocados para o torneio, um de cada confederação associada à Fifa, e Wilton Pereira Sampaio é o juiz escolhido para representar a Conmebol.

Na decisão da Copa do Brasil, foram dois lances capitais decididos após consulta ao VAR. O árbitro de campo, Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa/RJ), a princípio não viu pênalti de Thiago Neves em Ralf; mas mudou de ideia após receber comunicação via ponto eletrônico e conferir o replay na TV à beira do campo. Pouco depois, um gol de Pedrinho foi anulado porque o juiz viu falta de Jadson em Dedé na origem do lance.

As diretrizes da CBF quanto ao uso do VAR estão de acordo com as da Fifa, permitindo revisão de situações de gol, pênalti, cartão vermelho e erro de identidade na punição a um atleta. Neste sentido burocrático, a atuação de Wilton Pereira Sampaio esteve correta na final da Copa do Brasil.

O problema estaria principalmente no lance do pênalti. Em tese o VAR só faria intervenções em casos de "erro claro" do árbitro de campo, o que não ocorreu: Wagner Magalhães viu o lance e interpretou que não havia infração. Na prática, uma decisão interpretativa tomada em campo foi revisada após consulta ao vídeo.

O Cruzeiro foi campeão da Copa do Brasil ao bater o Corinthians em Itaquera por 2 a 1, com gols de Robinho e Arrascaeta — Jadson anotou o gol alvinegro, de pênalti.

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