O atacante Rafael Moura finalmente quebrou o jejum e voltou a marcar pelo Internacional, na vitória sobre o Atlético-PR por 1 a 0. O que era para ser um motivo de festa, porém, virou irritação para o jogador, que ficou indignado com a narração de seu gol na Rádio Gaúcha (ouça abaixo).
"A infelicidade que tive durante 777 minutos sem marcar gol foi a mesma que o locutor da Rádio Gaúcha, Luís Augusto Alano, conseguiu em apenas 7 segundos durante a narração do meu gol, que garantiu a vitória do Inter diante do Atlético-PR: "Gol do Internacional! Gol de Rafael Moura merece mais um grito, porque sabe lá Deus quando ele vai fazer mais um", disse o atacante, em um comunicado oficial.
"Aceito todo e qualquer tipo de crítica construtiva, mas o que minha família (filhas, pais e esposa) ouviu no momento de maior alegria do futebol foi uma tremenda falta de respeito", completou o jogador.
Rafael Moura não marcava havia 12 jogos. O gol do centroavante fez com que o Internacional voltasse ao G4 e assumisse a terceira colocação, com 41 pontos. Muito criticado durante o período de jejum, o jogador disse que as cobranças da torcida o incomodaram menos do que o tratamento dispensado pelo narrador na transmissão de seu gol.
"As vaias da torcida mexeram, sim, com meu brio. Contudo, ela, em momento algum, faltou com respeito ou utilizou a violência. Cobrou porque sabe que posso render mais. (...) O que não posso é achar normal nem aceitar calado um formador de opinião de um dos veículos de comunicação mais importantes do país tripudiar em cima de uma carreira honesta, construída à base de muito suor e dedicação", afirmou o jogador.
Confira abaixo a íntegra do comunicado de Rafael Moura:
A infelicidade que tive durante 777 minutos sem marcar gol foi a mesma que o locutor da Rádio Gaúcha, Luís Augusto Alano, conseguiu em apenas 7 segundos durante a narração do meu gol, que garantiu a vitória do Inter diante do Atlético-PR: "Gol do Internacional! Gol de Rafael Moura merece mais um grito, porque sabe lá Deus quando ele vai fazer mais um"... Aceito todo e qualquer tipo de crítica construtiva, mas o que minha família (filhas, pais e esposa) ouviu no momento de maior alegria do futebol foi uma tremenda falta de respeito.
As vaias da torcida mexeram, sim, com meu brio. Contudo, ela, em momento algum, faltou com respeito ou utilizou a violência. Cobrou porque sabe que posso render mais. E a experiência me fez entender que o futebol é assim: o mesmo torcedor que me vaiou foi o mesmo que me abraçou sábado na comemoração do gol, que recolocou seu time do coração na briga pelo título. O que não posso é achar normal nem aceitar calado um formador de opinião de um dos veículos de comunicação mais importantes do país tripudiar em cima de uma carreira honesta, construída à base de muito suor e dedicação. É muito difícil conviver com pessoas que sentem prazer em denegrir o trabalho alheio, que não sabem expor seu ponto de vista de uma forma profissional e imparcial, como se espera de um bom jornalista.
Quando escolhi vir pro Internacional, sabia que encontraria aqui uma instituição extremamente séria em todos os seus departamentos. Hoje, o Inter possui um grupo de jogadores acima da média e uma comissão técnica entre as melhores do país. Por isso, não adianta pressão externa tendenciosa com o intuito de escalar o time, já que no clube existem profissionais altamente capacitados para realizar essa função.
Atenciosamente,
Rafael Moura
FOTO: UOL
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