Revoltado com a situação na Vila Belmiro, o candidato Orlando Rollo questionou até o pleito realizado na equipe alviverde

Revoltado com a situação na Vila Belmiro, o candidato Orlando Rollo questionou até o pleito realizado na equipe alviverde

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos

As urnas eletrônicas que seriam usadas na eleição presidencial do Santos, neste sábado (13), tiveram problemas e foram trocadas por cédulas de papel. Duas semanas antes, equipamentos da mesma empresa funcionaram normalmente no pleito que manteve Paulo Nobre no comando do Palmeiras. Revoltado com a situação na Vila Belmiro, o candidato Orlando Rollo questionou até o pleito realizado na equipe alviverde.

"Funcionou normalmente? O Paulo Nobre quase rebaixou o Palmeiras e foi reeleito com facilidade? Ele ganhou muito fácil, mas será que ganhou, mesmo? Não sei bem. É uma dúvida que nós temos", disse Rollo ao UOL Esporte. Nobre recebeu 2.421 votos e bateu Wlademir Pescarmona, que teve 1.611.

O Santos já tinha tido problemas com urnas eletrônicas no sábado passado (06), data original das eleições presidenciais. Naquela oportunidade, os aparatos pararam de funcionar e também foram substituídos por papel. Depois, um mesário foi flagrado depositando dois votos, o que motivou cancelamento e adiamento do pleito.

"Essas urnas caseiras não comportam uma eleição dessa magnitude. São computadores caseiros, que podem ser manipulados. Eu tenho muita dúvida. Mais uma vez, o Paulo Schiff [presidente do conselho deliberativo do Santos] coloca em dúvida todo o processo eleitoral", acusou Rollo.

As eleições foram remarcadas para este sábado (13), com início previsto para 10h. O processo começou com meia hora de atraso, e as urnas eletrônicas voltaram a ter problemas. Por volta de 11h, Schiff anunciou a troca para cédulas de papel.

"Os coletores funcionaram; as urnas, não. A diferença em relação à semana passada é que na semana passada a eleição começou com urna eletrônica e depois passou para o papel. Então, muita gente já tinha votado. Hoje nós temos papel desde o início", disse Schiff.

Na semana passada, em meio às críticas por causa dos problemas na data original das eleições, a Microbase, empresa responsável pelos equipamentos, usou o clube alviverde como resposta. "Só no Palmeiras nós fizemos 27 eleições", declarou Otaviano Galvão Neto, gerente da companhia.

O pleito envolve cinco candidatos: Modesto Roma Júnior (vice Cesar Conforti), da "Santos Gigante" e apoiado por Marcelo Teixeira; Fernando Silva (vice Reinaldo Guerreiro), da "Mar Branco" e apoiado por Luis Alvaro de Oliveira; José Carlos Peres (vice Antonio Carlos Cavaco), da chapa "Santos Vivo"; Nabil Khaznadar (vice Carlos Fonseca), da "Avança, Santos" e apoiado pela atual diretoria, de Odílio Rodrigues; Orlando Rollo (vice Vagner Lombardi), da "Pense Novo Santos".

Cerca de 19 mil sócios estão aptos a votarem no estádio santista, enquanto 2019 votarão na capital paulista. O pleito é considerado o mais polêmico da história do clube por diversos motivos. O UOL Esporte relembra os episódios mais polêmicos durante o processo eleitoral do Santos, que começou a "pegar fogo" no meio deste ano.

Foto: UOL

Últimas do seu time