O treinador também procurou não individualizar o momento ruim que o Rubro-Negro atravessa atualmente

O treinador também procurou não individualizar o momento ruim que o Rubro-Negro atravessa atualmente

Bruno Braz e Vinícius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro

Mais uma vez sem sair de campo com uma vitória, o técnico Mauricio Barbieri se encontra cada vez mais pressionado no comando da equipe do Flamengo. Nos bastidores, há quem encare como cruciais para o treinador os jogos contra o Atlético-MG - no próximo domingo, pelo Campeonato Brasileiro - e diante do Corinthians, no dia 26, pelo jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil.

Sempre comedido, Barbieri demonstrou entender a pressão que vive por resultados neste segundo semestre.

"A pressão de vestir a camisa do Flamengo sempre é grande, tem que entregar resultados. O grupo tem demonstrado muita garra, e tem coisa que a gente tem que ajustar. A gente quer tanto quanto o torcedor buscar os resultados. A gente entra num momento decisivo da temporada e agora é focar nos próximos jogos, a começar pelo Atlético-MG, que passou a ser um jogo decisivo", declarou.

O treinador também procurou não individualizar o momento ruim que o Rubro-Negro atravessa atualmente.

"A gente já buscou alternativas em outros jogos, com o Vitinho na posição. A questão é coletiva, a gente precisa, como equipe, gerar situações melhores para eles e eles aproveitarem. Não posso entender que o problema é só deles, é um ajuste coletivo e é o que a gente vai buscar", disse.

A preocupação é grande, já que Maurício Barbieri é um técnico novato no comando de um time absolutamente pressionado. Ele ainda é prestigiado pelo mandatário, que reconhecidamente não é um entusiasta em interromper trabalhos. No entanto, parte da torcida, oposição e até mesmo alguns pares do presidente e de Ricardo Lomba querem a troca para que o Flamengo tente salvar a temporada.

Além do alto investimento sem resultados, a manutenção na briga pelo título brasileiro e as semifinais da Copa do Brasil, um ponto pesa bastante no processo: a eleição presidencial de dezembro. A política do Flamengo já ferve. O grupo da situação sabe que se o time fracassar as chances de três anos de mandato para Ricardo Lomba diminuem, principalmente por conta de o candidato da situação ocupar a pasta do futebol, alvo das maiores críticas da atual gestão por torcedores, conselheiros e associados.

Em caso de novas derrotas, desvincular a imagem de Lomba será tarefa complicada. Até por isso, não falta quem defenda a aposta em outro treinador no grupo da situação. De preferência, alguém mais experiente e com vivência de vestiário, algo que Barbieri deixa a desejar. Neste caso, o atual comandante voltaria ao cargo de auxiliar, para o qual foi contratado no início de 2018.

A tese trabalhada é a seguinte: se o Brasileiro fica difícil, o título na competição de mata-mata não deve escapar de jeito nenhum. Caso contrário, a atual gestão pode perder em todas as frentes.

Por outro lado, os mesmos que cogitam mudanças dizem não acreditar que serão realizadas rapidamente. Entre os motivos está a dificuldade para se amarrar um contrato sem saber se o mesmo grupo político comandará o Flamengo nos próximos três anos. O tempo dirá o caminho tomado pelo Rubro-negro. O certo é que o clube estacionou na crise e precisa de um movimento para sair da má fase.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF (via UOL)

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