Na última quinta-feira, um grupo de torcedores recebeu os jogadores no aeroporto Santos Dumont após a derrota para a Chapecoense

Na última quinta-feira, um grupo de torcedores recebeu os jogadores no aeroporto Santos Dumont após a derrota para a Chapecoense

O presidente do Fluminense Peter Siemsen se manifestou nesta sexta-feira a respeito do incidente do dia anterior, quando jogadores do time foram alvo de protesto violento na saída do aeroporto Santos Dumont. O cartola disse que a reação de Fred nas redes sociais foi exagerada e descartou a possibilidade de greve na rodada do final de semana, em iniciativa ventilada por seu capitão na quinta.

"Não conversei com o Fred, mas conversei com outros jogadores. Eles estão focados em reverter a situação no campo. Ninguém falou comigo, a reação foi excessiva na postagem. Não quero entrar em detalhes, foi uma coisa pessoal do jogador. É um momento difícil para o clube. Estávamos jogando bem, estava ouvindo elogios exagerados. Do nada a coisa tomou outro rumo", declarou Siemsen em entrevista ao programa Redação Sportv.

"Não levo em consideração a greve, não tem sentido. Sabemos que pressão de torcida existe. Vimos recentemente no Corinthians, a questão do André Santos no Flamengo, sem falar no passado. Sabemos que é uma cultura errada, mas nem por isso justifica a greve", acrescentou o presidente tricolor.

Na última quinta-feira, um grupo de torcedores recebeu os jogadores no aeroporto Santos Dumont após a derrota para a Chapecoense. Os indivíduos arremessaram moedas contra pessoas que estavam no saguão. Em um primeiro momento, a delegação do Fluminense sabia do protesto e "driblou" a confusão ao evitar cruzar a área restrita de desembarque.

No entanto, aos poucos, os atletas começaram a deixar o aeroporto. O lateral direito Bruno iria dar carona a outros jogadores, mas o seu carro foi bloqueado por torcedores. Com os jogadores já no interior do veículo, os protestantes quebraram o retrovisor – o argentino Conca estava neste grupo.

A Polícia Militar foi chamada para dar segurança aos jogadores. Após 30 minutos encurralada no aeroporto e em seus carros, a delegação pôde deixar o local.

O principal alvo das ofensas era Diego Cavalieri, que ainda não acertou renovação com o Fluminense. O goleiro está em meio a negociação e foi apontado como "mercenário" pelos torcedores.

Segundo Peter Siemsen, o clube está trabalhando para identificar os torcedores envolvidos nos protestos.

Pouco depois do incidente o atacante Fred usou as mídias sociais na internet para se pronunciar, na condição de capitão do time. O atacante levantou a possibilidade de o time não entrar em campo no final de semana se nenhuma atitude for tomada.

Na noite de quinta-feira, Siemsen já havia se manifestado através de nota no site oficial do Fluminense. No texto, o presidente condenou os atos dos torcedores e ainda reforçou a posição do clube de não doar ingressos para facções organizadas.

Foto: UOL

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