O dia 12 de julho de 1998 foi histórico para torcedores brasileiros e franceses

O dia 12 de julho de 1998 foi histórico para torcedores brasileiros e franceses

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Um problema de saúde de Ronaldo, a surpreendente pré-escalação de Edmundo, o assustador retorno do Fenômeno, duas cabeçadas certeiras de Zidane, um contra-ataque mortal, toneladas de teorias da conspiração e a consagração de uma nova campeã mundial.

O dia 12 de julho de 1998 foi histórico para torcedores brasileiros e franceses. Foi nessa data que a França desbancou a camisa mais pesada do planeta e, com uma vitória por 3 a 0, conquistou em casa seu primeiro título da Copa do Mundo.

Dezenove anos se passaram desde então, e até hoje muita gente se questiona sobre o que realmente aconteceu com Ronaldo antes da decisão e levanta hipóteses das mais absurdas para justificar a derrota brasileira.

Mas, e os franceses? O que eles andam fazendo da vida? Descubra logo abaixo os destinos dos jogadores que fizeram muitos brasileiros chorarem… e isso, muito antes de qualquer 7 a 1.

POR ONDE ANDA – FRANÇA (1998)?

Fabien Barthez (45 anos) – O goleiro, que nunca foi uma unanimidade na França, tem uma vida bastante intensa desde que deixou o futebol profissional, há dez anos. Barthez virou piloto de carros, participou de competições de Porsche e até disputou a tradicional 24 horas de Le Mans. Também trabalhou como dirigente e presidente de honra do Luzenac, clube que chegou a subir para a segunda divisão francesa em 2014, mas que perdeu na Justiça o direito de disputá-la.

Lilian Thuram (45 anos) – Herói na semifinal contra a Croácia, o lateral direito se tornou uma importante nome no combate contra o racismo desde a aposentadoria, em 2008. Thuram é hoje embaixador da Unicef e uma voz relevante no cenário francês. Ao longo da carreira pós-futebol, o ex-jogador já liderou protestos contra o ex-presidente Nicolas Sarkozy e foi curador de uma exposição de museu.

Marcel Desailly (48 anos) – Apelidado de “The Rock” (A Pedra ou a Rocha, em tradução para o português), o ex-zagueiro de Milan e Chelsea emendou uma carreira de comentarista de futebol logo após pendurar as chuteiras, em 2004, e também participou de inúmeras campanhas beneficentes. Atualmente, Desailly faz parte da academia Laureus, que escolhe os vencedores e entrega o prêmio conhecido informalmente como “Oscar do esporte”.

Frank Leboeuf (49 anos) – Reserva durante a campanha francesa em 1998, ganhou a chance de disputar a final devido à suspensão de Laurent Blanc. Jogador de recursos limitados, Leboeuf passou a se dedicar à atuação depois de largar o futebol, em 2005. O francês passou dois anos estudando em Hollywood, participou de algumas peças e filmes. Seu papel mais conhecido é de um médico em “A Teoria de Tudo”, filme de 2014 que conta a história do cientista Stephen Hawking.

Bixente Lizarazu (47 anos) – O lateral esquerdo de origem basca é um dos principais comentaristas de futebol da França na atualidade. Lizarazu trabalha na TV, no rádio e também escreve para o “L’Equipe”, principal jornal esportivo do país. Nas horas vagas, ainda encontra tempo para se dedicar a duas outras paixões: o jiu-jitsu (já foi campeão europeu em 2009) e o surfe.

Didier Deschamps (48 anos) – O homem que levantou a taça do primeiro título mundial da história da França é agora quem tenta conduzir a seleção de Pogba e Griezmann a uma segunda conquista de Copa do Mundo. Ex-comandante de Monaco, Juventus e Olympique de Marselha, Deschamps é o treinador dos “Bleus” desde 2012 e foi vice-campeão europeu no ano passado.

Christian Karembeu (46 anos) – Eternizado no Brasil pela narração de Luciano do Valle no confronto entre Corinthians e Real Madrid, no Mundial de Clubes de 2000, Karembeu já trabalhou como olheiro do Portsmouth e do Arsenal, teve cargos administrativos em uma multinacional e no Olympiacos, da Grécia, e virou um autêntico "arroz de festa" em sorteios da Fifa e da Uefa.

Emmanuel Petit (46 anos) – Autor do terceiro gol da decisão contra o Brasil, o meia que usava um rabo de cavalo cortou seu longo cabelo em 2011, em um evento para caridade. Desde que se aposentou, em 2004, Petit vive do dinheiro que ganhou enquanto jogava profissionalmente e de sua imagem. O francês já foi embaixador da Copa do Mundo dos Sem-Teto e faz campanhas publicitárias para uma empresa corretora de investimentos.

Zinedine Zidane (44 anos) – O protagonista do título mundial francês é um dos técnicos do momento no futebol mundial. Ex-auxiliar de Carlo Ancelotti e técnico do Real Madrid Castilla entre 2014 e 2016, Zidane assumiu no ano passado o comando da equipe principal do clube espanhol e logo de cara conquistou o título da Liga dos Campeões da Europa. Na atual temporada, já está na semifinal e sonha com o bi.

Youri Djorkaeff (49 anos) – Um dos principais jogadores daquela equipe francesa, o ex-meia de Monaco, Paris Saint-Germain e Inter de Milão encerrou a carreira nos Estados Unidos, onde fixou residência. Djorkaeff administra atualmente uma fundação que desenvolve programas de futebol em Nova York.

Stéphane Guivarc’h (46 anos) – O discreto centroavante francês na final contra o Brasil foi um dos primeiros jogadores do elenco campeão mundial a parar de jogar. Guivarc’h abandonou a carreira em 2002 e, para dizer bem a verdade, pouca gente notou. De volta à sua cidade natal, Concarneau, ele é dono de uma loja que vende piscinas.

Laurent Blanc (51 anos) – Um dos líderes da França em 1998, perdeu a decisão por estar suspenso. Assim como Deschamps e Zidane, Blanc tem uma carreira de sucesso como treinador. Foram três anos no Bordeaux, dois na seleção francesa e mais três no Paris Saint-Germain. Demitido do PSG no ano passado, é apontado pela imprensa espanhola como favorito para dirigir o Sevilla na próxima temporada caso Jorge Sampaoli deixe o clube para dirigir a Argentina.

Alain Boghossian (46 anos) – Primeiro reserva da França que foi a campo na final, o ex-meia do Parma chegou a disputar alguns campeonatos de golfe depois da aposentadoria, em 2012, mas se encontrou mesmo foi na Federação Francesa de Futebol. Boghossian foi auxiliar da seleção entre 2008 e 2012 e, depois da nomeação de Deschamps para o cargo de treinador, ganhou um cargo de diretor-técnico da FFF.

Christophe Dugarry (45 anos) – Reserva de Guivarc’h, era tão contestado quanto o titular que substituiu no 66º minuto da final. Um dos pioneiros em se aventurar no Qatar, encerrou a carreira no Oriente Médio, há 12 anos. É figurinha carimbada nos programas esportivos da TV francesa.

Patrick Vieira (40 anos) – O mais jovem dos jogadores usados pela França na final da Copa-1998 é outro que seguiu a carreira de treinador. No entanto, ainda não alcançou o estrelato na nova função. Vieira dirigiu a equipe reserva do Manchester City durante duas temporadas e, desde o ano passado, é o treinador do New York City FC, time norte-americano pertencente ao mesmo grupo dono do clube inglês.

Aimé Jacquet (75 anos) – A seleção francesa foi o último trabalho como treinador do ex-comandante de Lyon, Bordeaux, Montpellier e Nancy. Logo depois da conquista da Copa do Mundo, ele deixou o cargo para trabalhar como diretor-técnico da França, função que ocupou por oito anos. Desde 2006, está oficialmente aposentado.

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