A sensação de Petros e seu estafe é que ele não vai conseguir ter papel importante na equipe

A sensação de Petros e seu estafe é que ele não vai conseguir ter papel importante na equipe

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

"Você não vai jogar ano que vem no Corinthians", alertava Fernando Garcia, empresário, a Petros. E o jogador, disposto a seguir, respondia: "também vou conquistar meu lugar com o Tite".

Motivado por informações de bastidores, o diálogo acima ocorre desde dezembro. E, nos últimos 15 dias, mais uma vez se fortaleceu. Sábado, véspera de Petros desperdiçar o pênalti que eliminaria o Corinthians do Campeonato Paulista, seu estafe tratava a saída dele como uma possibilidade cada vez mais forte. Se em janeiro era reticente, o próprio jogador já admitiu a seus empresários que a transferência pode ser o melhor caminho até o meio do ano.

A sensação de Petros e seu estafe é que ele não vai conseguir ter papel importante na equipe. Hoje, Bruno Henrique é substituto imediato de Elias, Cristian de Ralf, Danilo de Renato Augusto, Malcom de Jadson e Mendoza de Emerson. Nos jogos da Copa Libertadores, quase sempre, ele fica de fora do banco de reservas. Foi assim na última quarta, com o São Paulo.

Invariavelmente, Petros tem atuado em várias dessas funções, o que reforça seu status atual de coringa. Graças aos oito jogos feitos por reservas no Campeonato Paulista, ele tem praticamente mil minutos em campo em partidas oficiais. É, entre os suplentes, aquele que mais esteve em campo. Ganhou pontos ao se prontificar para jogar de lateral esquerdo, outra função que provou poder executar.

Mas, ainda assim, Petros não está 100% contente, pois gostaria de estar nos jogos mais importantes. Foi também por isso que ele se sentiu desolado por desperdiçar o pênalti contra o Palmeiras no domingo passado. Ele se emocionou no vestiário da Arena Corinthians e seus familiares mais próximos também sofreram pela cobrança perdida. A possibilidade de sair, porém, não tem relação com isso.

No último ano, foi sabido pelo empresário que a diretoria corintiana e os então auxiliares Sylvinho e Fábio Carile tentaram convencer Mano Menezes a tira-lo da equipe titular durante o Campeonato Brasileiro. Gente próxima ao ex-presidente Mário Gobbi, já em dezembro, aconselhou Petros a pensar em transferência. Imaginavam, na ocasião, esse cenário atual.

Para a comissão técnica, Petros hoje é tecnicamente inferior aos titulares do Corinthians e tem dificuldades para executar as funções ofensivas no sistema de jogo 4-1-4-1. Ainda assim, imagina-se que ele possa ser reposição interessante para a função exercida por Renato Augusto e Elias. Por ora, entretanto, a prioridade tem sido de outros.

O Corinthians, vale lembrar, possui dívida de R$ 6 milhões com o empresário Fernando Garcia. Os direitos econômicos de Petros são divididos em partes iguais entre o clube e ele.

Foto: UOL

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