Livro escrito pelo "coleguinha" Paulo Cezar Guimarães, o PC, traz saborosas histórias do grande nome do jornalismo esportivo

Livro escrito pelo "coleguinha" Paulo Cezar Guimarães, o PC, traz saborosas histórias do grande nome do jornalismo esportivo

A editora Gisela Zincone, da Gryphus Editora, só pôde dizer sim para a proposta da jornalista Sandra Moreyra: publicar o primeiro livro biográfico sobre seu pai, o famoso jornalista esportivo Sandro Moreyra (1918-1987). A ideia partiu do jornalista e escritor Paulo Cézar Guimarães, o PC, que conseguiu convencer as duas a levarem adiante seu projeto.

Como o mais aplicado dos repórteres, o autor ouviu mais de 100 pessoas que conviveram com Sandro. Mergulhou de cabeça na vida do biografado, leu dezenas de livros, pesquisou periódicos, sites, blogs, assistiu filmes e visitou acervos públicos e pessoais. Foram conversas com parentes, jornalistas, jo­gadores, técnicos, juízes de Direito e árbitros de futebol.

Entre os entrevistados, Zico, Júnior, Agnaldo Timóteo, Antônio Maria Filho, Arnaldo Cézar Coelho, Elza Soares, Carlos Alberto Torres, Galvão Bueno, João Máximo, José Carlos Araújo, Juca Kfouri, Sérgio Cabral (pai), Ancelmo Gois, além das duas filhas (Sandra e Eugênia) e outros parentes próximos.

“Resgatar Sandro Moreyra, cuja coluna no Jornal do Brasil era daquelas que faziam muita gente ler o jornal de trás para a frente, deu-me a oportunidade de conversar com pessoas engraçadíssimas e irreverentes ao estilo do próprio colunista. A geração dele era de uma época romântica em que se exercia o jornalismo com paixão e prazer”, comenta o autor, que reuniu um memorável caderno de fotos.

Um time forte acompanhou PC na produção do livro: Ique assina a caricatura da capa, João Máximo o texto da orelha e Carlos Eduardo Novaes, o prefácio.  Já Sandra Moreyra, responsável pelo texto da quarta capa, manteve encontros com PC por mais de um ano e cedeu fotos, recortes de jornais, cartas e postais.

“Passamos cerca de um mês sem trocar mensagens. No início de outubro ela enviou o e-mail: ´PC, fiz exames e vou ter que passar por nova quimioterapia. Antes que eu fique derrubada e preguiçosa para escrever, vai aí o texto da contracapa. Espero que goste. Dessa vez, porém, foi traída pela maldita doença que enfrentou durante sete anos. Foi embora encontrar com o pai no dia 10 de novembro de 2015”, relembra o biógrafo.

Filho de Eugênia e Álvaro Moreyra, duas grandes figuras da cultura bra­sileira na primeira metade do século, Sandro era craque com as palavras. Trabalhou por mais de 30 anos na redação do Jornal do Brasil, onde assinou a coluna Bola dividida. “Mais que um livro sobre futebol, a publicação fala sobre os pais de Sandro, da relação dele com a política, com o jornalismo, com a Mangueira, com as filhas, com os amigos e com as três esposas que teve, Milu, Lea e Marta”, comenta Gisela Zincone.

Conhecido pelo bom-humor e pelo bronzeado permanente, era na Praia de Ipanema que Sandro batia ponto antes de ir para a redação do JB. Chegava ao trabalho no fim da tarde, sempre depois de um mergulho com os parceiros João Saldanha, Carlinhos Niemeyer, Fernando Calazans, Heleno de Freitas e Sérgio Porto.  Em sua coluna, sempre abastecia os leitores com notícias fresquinhas do futebol, sobretudo do Botafogo, seu time do coração.

O livro lembra que mais de 500 pessoas, entre jornalistas, escritores, políticos, artistas, diri­gentes de clubes, autoridades e fãs foram para a despedida de Sandro naquele 29 de agosto de 1987. Como reforça o locutor José Carlos Araújo, que cobriu o Botafogo como repórter, “Sandro era daqueles que contava piadas até em velórios”. E no seu não poderia ser diferente. A forma­lidade e todos os rituais foram mandados para escanteio. O caixão foi coberto com as bandeiras do Botafogo, do PDT (Partido Democrático Trabalhista) e da Mangueira; e com um adesivo “Diretas Já. Brizola presidente”.

O “adeus ao jornalista”, publicado em três páginas, foi destaque na capa do Jornal do Brasil, com uma foto que mostrou em primeiro plano o líder comu­nista Luiz Carlos Prestes carregando o caixão. O Globo publicou: “Sandro Moreyra é enterrado: o Rio perde um repórter bem-humorado”. Além de citar a presença de ex-jogadores como Zizinho e Ademir Menezes, o jornal destacou que “Sandro foi fiel a seus dois amores: o Botafogo e a Mangueira, cujas bandeiras cobriram o caixão”.

Sobre o autor

Paulo Cezar Guimarães é jornalista e professor universitário. Foi repórter especial e assistente de Editor no jornal O Globo, assessor de Comunicação Social da Souza Cruz e sócio-diretor de uma empresa de Comunicação. Tem 12 prêmios da Associação Brasileira de Jornalismo (Aberj). Escreveu “Jogo do Senta – a verdadeira origem do chororô” (Editora Livros de Futebol – 2014) e “Edição de Impressos sobre o Jornalismo Brasileiro” (Faculdades CCAA – 2010). Participou da coletânea “Sermos humanos – Crônicas da Gente” (Espaço Novo Clube de Autores – 2016). É autor do Blog do PC e do blog do Botafogo no site do Jornal do Brasil.

Sobre a Gryphus Editora - Gryphus é um animal mitológico que tem a cabeça e as asas da águia e o corpo do leão. A Gryphus Editora nasceu desse conceito e imagem, unindo a dupla qualidade de sabedoria e força, buscando abordar temas e questões relevantes para entender e situar as dinâmicas do mundo contemporâneo através de várias óticas. As áreas de maior atuação da Gryphus são: biografias, cinema, ficção e espiritualidade. Entre os títulos já publicados estão Catálogo de Luzes (antologia de contos escolhidos por José Eduardo Agualusa), Em Águas Profundas (David Lynch), A Jornada Espiritual de um Mestre (Alejandro Jodorowsky) e biografias como as de Domingos da Guia, Telê Santana, Nilton Santos, Didi, Guinga, Cartola, Pixinguinha e Maria Martins, dentre outras.

Sobre o livro

Título: Sandro Moreya – Um autor à procura de um personagem

Autor: Paulo Cezar Guimarães

Editora: Gryphus

ISBN: 978-85-8311-096-5

Número de páginas: 292

Caderno de fotos coloridas: 32 páginas 

Formato: 16 x 23 cm.

Encadernação: brochura

Ano de edição: 2017

Preço de capa: R$ 49,90

Lançamento:

Data: 22 de agosto

Hora: 19h

Local: Sede do Botafogo (Avenida Venceslau Brás, 72 – Botafogo)

Telefone: (21) 2546-1988

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