Maior estadual do país vai começar, mas já não encanta, tampouco empolga o torcedor como em outros anos. Rio-São Paulo seria uma melhor alternativa para o início da temporada

Maior estadual do país vai começar, mas já não encanta, tampouco empolga o torcedor como em outros anos. Rio-São Paulo seria uma melhor alternativa para o início da temporada

Paulistão ou Paulistinha? O estadual mais importante do país vai começar, mas já não empolga o torcedor como nos anos 70/80/90, no auge do seu glamour. A perda da competividade dos últimos anos faz com que o torcedor se divida em dois grupos: os que ainda adoram o regional e vibram com o seu começo e outros, como este blogueiro, que gostariam de vê-lo fora do calendário.

Já fui fã do Paulistão, admito. Hoje não mais. Bons tempos em que o estadual apresentava um interior forte, competitivo e com os grandes clubes da capital mobilizados na briga pelo título.

A competição atual sofre concorrência desleal com a Libertadores da América, o principal torneio do continente, o que tira atenção dos grandes times e principalmente do torcedor. O Paulistão é tratado de forma desrespeitosa pelos grandes clubes e com grande desinteresse por parte do torcedor.

O Paulistão atual retrata fielmente a desorganização do futebol brasileiro. O produto é bom, tem glamour, é fato, mas sofre com as mazelas que assolam clubes e o espetáculo por aqui realizado. Uma competição maltratada pelo calendário e pelos dirigentes que visam apenas as cotas da TV, dando de ombros para a qualidade do espetáculo.

A fórmula de disputa até empolga na fase final, mas equipes desinteressadas e jogos sem apelo transformam as rodadas da primeira fase num verdadeiro martírio. Por outro lado, o torcedor, que não é bobo, reserva a sua torcida e o seu dinheiro para os grandes jogos e campeonatos com mais apelo.

Por isso, o estadual apresenta bons públicos e grande espaço na mídia somente nos grandes clássicos e na fase final, quando o “mata-mata”, enfim, mexe com a atenção do torcedor e empolga os próprios clubes.

Sou favorável, por exemplo, a volta do Rio-São Paulo no lugar do regional. Acredito que a competição envolvendo clubes dos dois estados fomentaria muito mais rivalidade e mexeria com a emoção do torcedor. Não vejo sinceramente como resgatar, por ora, a força do Paulistão, que tem ainda glamour e muita tradição, reitero, mas perdeu força dentro das quatro linhas.

Já na boca do torcedor, a polêmica se faz presente. O estadual torna-se Paulistão, caso o time do coração levante o caneco. Se a taça ficar com o rival, a competição será apenas o Paulistinha. Pelo menos no quesito provocação, o estadual ainda empolga as rodinhas de futebol.

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Foto: UOL

 

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